SEJA BEM-VINDO 2018!

SEJA BEM-VINDO 2018!


Os fatos e os acontecimentos em 2017 foram extremamente sacrificantes, seja pela crise econômica ou pela falência da política. Mas o brasileiro não desiste nunca. Se o ano de 2017 foi ruim em todos os sentidos, o melhor é respirar fundo e reservar energias para o enfrentamento de novas batalhas que virão no bojo de 2018.

Os lamentáveis três últimos anos de crises política e financeira quase jogaram na lona os trabalhadores e os empregadores. No entanto, a competência de ressurgir das cinzas é tão grande, que as forças desses dois segmentos se renovam a cada sinal de recuperação da economia. Contudo, cabe reconhecer que a política vai muito mal. A economia oscila. O povo sofre. O governo se perde entre idas e vindas do Legislativo, que troca votos por favores. O país se inquieta com as decisões sofríveis do Judiciário, mormente do Supremo Tribunal Federal, que não consegue frear os arroubos de alguns de seus ilustres membros. O resultado é um futuro incerto, com pessoas e empresas apreensivas.

Em que pesem os péssimos exemplos dos políticos, a vida segue, e o país precisa de cada brasileiro honrado, que ajude na reconstrução da estrada democrática e contribua para a faxina da sujeira que se amontoa por todos os lados. Entretanto, essa missão não é de uns, mas de todos os brasileiros de bem, pobres e ricos, porque não se trata de poder econômico de classes, mas de vergonha e coragem.

A cota de sacrifícios em prol da nação tem de ser paritária, de tal forma que os pobres e os ricos sejam solidários na divisão do ônus moral, porquanto estejam em jogo os valores humanos, e todos precisam colaborar para que o Brasil dê certo, sobreviva aos usurpadores e afaste do seio da sociedade a parte contaminada da politicagem barata.

Lamentavelmente, enquanto uma parcela bem sucedida da sociedade aumentou o seu quinhão, a outra, a parcela dos menos favorecidos, aumentou ainda mais a sua pobreza latente e extrema nos anos de 2015, 2016 e 2017. Ou seja, existe uma lacuna enorme nessa efêmera vida social, que não pode ser entendida como sociedade, porque o país se deparou com um aumento alarmante de desigualdades sociais. Daí a emergência de o ano de 2018 ser instado a recompor essas diferenças, urgentemente, para o bem de todos. O equilíbrio é necessário e humanamente recomendado.

Os problemas do Brasil são muitos. A fome e a miséria são alguns deles. Os 12 milhões de analfabetos e os 13 milhões de desempregados são outros problemas graves, imperdoáveis e inaceitáveis, que requerem ações governamentais na erradicação e na solução a curtíssimo prazo, sob pena de a pequena ascensão social adquirida se tornar imprestável, com o consequente retrocesso da valorização humana. Ao contrário disso, o Brasil precisa alçar voo rumo ao mundo desenvolvido, sem fome e sem miséria, sem desigualdades e sem discriminações, quaisquer que sejam.

Os governantes, os administradores, os gestores, das esferas municipal, estadual e federal precisam agir, adotar medidas severas contra tudo que envergonhe o povo e a nação. Essas medidas requerem mais que simples vontade. Requerem ação efetiva e imediata. A população não tem tempo nem pode esperar por "favores" do governo. A obrigação de atitudes enérgicas em prol do cidadão é do Executivo e do Legislativo, com endosso do Judiciário, nos termos da Constituição.

O governo precisa atuar com seriedade e transparência para que a população possa acreditar. De posse da segurança de que medidas concretas estão sendo efetivadas, diante de um ambiente menos hostil, o setor empresarial volta a investir e a criar empregos. O povo, por sua vez, tão logo tenha uma renda suficiente e satisfatória volta a consumir, e a máquina recomeça a girar. A confiança, a segurança, a ação e a atitude são as ferramentas para retomar o rumo certo. O país pode e deve sair desse fosso, mas precisa punir os culpados pela desgraça, pelos desvios e pelos crimes. O dinheiro malversado precisa retornar aos cofres públicos.

Os delitos e os acontecimentos vergonhosos de corrupção, propina, caixa dois, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e obstrução da justiça não podem simplesmente ser esquecidos. A impunidade não pode prosperar.

As reformas e as propostas governamentais precisam ser encaradas com seriedade pelos "nobres" membros do Congresso, com análise, votação e aprovação voltadas para os interesses da coletividade e não dos seus próprios, porque a defesa de interesse pessoal seria desastrosa e os riscos imprevisíveis. A sociedade não aguenta mais escândalos e frustrações. O povo brasileiro não suporta mais se deparar com os corruptos de plantão que se enriquecem, envergonham a nação e ainda saem impunes.

O povo brasileiro vai reagir, sair da inércia e exigir um país melhor pra todos. O ano de 2018 precisa ser diferente. A receita para fazer de 2018 um ano melhor está mais do que desenhada - requer engajamento e comprometimento de todos, sem exceção; exige seriedade, honestidade, coragem e trabalho dos mais diversos setores da sociedade; reclama urgência, posto que não há tempo para aventuras corporativistas, segregadoras, demagógicas ou dogmáticas.

Os benefícios de um ano positivo são esperados por todos e para todos, igualmente, e não apenas para alguns escolhidos a dedo. A sociedade há que ser una e plena no combate ao desemprego, ao analfabetismo, aos juros altos, à fome e à miséria. O retrocesso não interessa à população, que sabe o que quer, e isso significa a retomada do crescimento. Mas o passado não pode ser esquecido, pois precisa servir de lição, principalmente com a contínua punição dos ímprobos, dos corruptos e dos enganadores da sociedade.

De sorte que a participação de todos é indispensável, e que seja por meio de uma sociedade armada de ideias, de vontade, de ação efetiva e de atitude cívica. Seriedade para trabalhar e maior seriedade ainda para cobrar do governo uma administração proba, ética, transparente, eficiente e com resultados positivos para o povo.

Destarte, a esperança renasce a cada dia, a cada mês e a cada ano. O povo exige, todavia, vergonha na cara dos políticos eleitos, porquanto o ano de 2018 tenha que ser, necessariamente, o tempo de recomeço e de recolocar o Brasil nos trilhos. E isso depende de nós, para uma mudança para melhor. Depende do eleitor, para a eliminação dos políticos desonestos. Depende do Brasil, para alcançar um lugar de destaque e de relevância no mundo. Depende do povo brasileiro, para que esse país seja, de fato, uma verdadeira nação. Depende da união dos setores popular, técnico e empresarial, para que o desenvolvimento e o crescimento do país seja uma realidade e não uma mera cogitação em véspera de ano novo.

Assim, diante dessas colocações, seja bem-vindo 2018!

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Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Especialista em Direito Tributário, Trabalhista e Ambiental). 



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