CHEGA DE DISCUSSÃO



 
                                          Vamos ao trabalho!
 

Está bom. Já deu. Chega de discussão político-partidária, e vamos ao trabalho, porque o país está mergulhado em problemas. A situação econômica é grave, o desemprego sufoca a dignidade das pessoas, e a crise nas áreas de saúde, educação e segurança se refletem fortemente no dia a dia do cidadão, seja pela insuficiência de hospitais, pela precariedade do sistema de ensino ou pela recorrente e impune onda de violência.

As eleições acirradas foram um marco decisório na história política brasileira. A arrogância e a intolerância não conseguiram fragilizar a democracia. Os arroubos exagerados dos inconsequentes não fizeram mudar o panorama de nenhum dos lados. O eleitor votou em quem está mais próximo de seu perfil. A sociedade organizada deu o tom da campanha e não cobrou nada, mas espera por mudanças e dias melhores. 

Restou claro que o dinheiro não compra tudo. Alguns candidatos se elegeram sem gastar milhões e sem dívidas posteriores às eleições. O panorama eleitoral foi ditado pelo sistema cognitivo do eleitor, que fincou estacas de resistência e guardou para si o real destino de seu voto. O eleitor se transformou em uma incógnita, e a autonomia da sua decisão foi crucial. O marketing eleitoral falhou, e os erros de comunicação causaram a derrota de campanhas milionárias. As tendências apontadas tomaram outro rumo, e a escolha livre do eleitor fez o resultado.

As propaladas fake news e as meias-verdades incomodaram, mas não mudaram o voto do eleitor. Ao contrário, muitos pesquisaram e melhoraram seus conceitos a respeito desse ou daquele candidato. As redes sociais não decidiram as eleições, embora tenham colocado para trabalhar as cabeças pensantes dos militantes. A massiva sobrecarga de informações não tornou o clima mais violento, mesmo porque as pessoas sabidamente civilizadas não se dão a esse tipo de comportamento. Ademais, as questões negativas serão superadas.

Agora, chegou a hora de voltar ao trabalho. A nação precisa de homens e mulheres que façam a máquina funcionar. O clima tenso, o radicalismo e o extremismo são águas passadas. Entretanto, a lição de casa não foi completada pelos membros da sociedade, que precisam ainda se debruçar sobre o saldo negativo e ajudar na solução. O Brasil é grande, e a esperança é infinita, mas os problemas existem.

Chega de discussão. Basta de intrigas. A hora agora é de arregaçar as mangas e trabalhar pelos valores da família e pelas razões fundamentais da sociedade. Vamos buscar o  crescimento, o desenvolvimento, as garantias individuais, a ordem social, a higidez da Constituição e a normalidade democrática. Mas não nos acomodemos, porque a realpolitik continuará a demandar a atenção de todos, e as más articulações não serão aceitas, principalmente se for em prejuízo dos compromissos assumidos, dos ideais proclamados e dos princípios constitucionais assegurados. Ao trabalho, meu povo!

Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG).

(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de terça-feira, 30 de outubro de 2018, pág. 23).


Comentários

  1. Afonso Lucas ?S. P. Morais31 de outubro de 2018 às 16:53

    Sou militar e vejo com preocupação esse povo que quer ficar só falando de PT e partidinhos da esquerda incompetente que não conseguiu fazer nada certo e ainda quebrou os municípios, o s estados e o país. Êta povinho que fala muito e trabalha nada. Fala muito e não estuda nada. Fala muito e não produz nada. Êta povinho petista que dá vergonha até de olhas na cara. Mas vamos parar de agressões e trabalhar pelo Brasil, pelo povo ordeiro e honesto. Família e Deus. Parabéns nobre causídico Dr. Wilson Campos pelo belo artigo e pelo excelente blog de informações. Afonso Lucas.

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