HERANÇA MALDITA
Os governos anteriores
cometeram erros grosseiros e foram deixando desastres pelo caminho. As mágicas
inventadas pelos governantes populistas, de levar “agrado” ao povo, não
funcionaram muito bem e restaram em grave crise político-econômica.
Comparativamente à grande crise econômica mundial,
que jogou ao chão grandes países, o Brasil não ficou ao largo dessas
catástrofes monetárias internacionais, passando apenas por uma “marolinha”,
como disse certa vez o ex-presidente Lula. Na realidade, estamos no centro de
toda uma emblemática relação de consumo de um passado recente, ao estilo
brasileiro, graças evidentemente ao poder da oferta e da procura facilitado
pelas isenções tributárias e reduções de impostos, como aconteceu no governo
petista, com relação aos eletrodomésticos e carros.
Em curto prazo estivemos tranquilos. Depois, a
médio e longo prazo, as coisas azedaram. Deu-se então o reverso da mágica dos “estrelas
vermelhas” capitaneados no poder e liderados por Lula. É evidente que queríamos
um país vencedor. É óbvio que desejávamos prosperar mais que todos os países do Primeiro Mundo (se é que isso é possível). No entanto, não teve como tapar o
sol com a peneira, e a verdade foi dura e cruel. O Brasil passou a enfrentar dificuldades
para controlar o seu enorme gasto público, arremessado às alturas com a folha
de pagamento inchada pelos gordos salários de pessoal arrebanhado em muitos
setores do PT. O Brasil passou a caminhar na corda bamba, principalmente quando
verificou que sua voraz máquina de arrecadar estava sufocando os setores
produtivos com uma carga tributária insuportável. Não bastasse tudo isso, ainda
surgiram os malversadores do tesouro, os gastadores contumazes, os desviadores
de dinheiro público.
Passada a Copa do Mundo de 2010 e realizadas as eleições
do mesmo ano, quando todos voltaram à normalidade, o Brasil estava diante de um
monstro chamado inflação (velho conhecido do povo brasileiro), que não foi combatido
a ferro e fogo e, assim sendo, a incompetência de um governo fraco e péssimo
gestor colocou tudo a perder. O desgoverno de Dilma Rousseff já mostrava a face
pálida da derrocada administrativa, do desprestígio junto ao empresariado e da
ausência total de alinhamento com o Congresso Nacional.
O Brasil não é chão milagreiro. Os políticos são todos
do mesmo barro. O país precisa aprender a economizar em tempos de vacas gordas
para enfrentar melhor os tempos de vacas magras. Precisa produzir mais itens
básicos para a família brasileira e torná-los mais acessíveis ao bolso do
consumidor e mais baratos que os atravessados e importados. Mas sem isenções,
sem favores e sem populismos.
A economia de mercado precisa jogar para o governo
a responsabilidade da decisão de exigir e possibilitar a produção de bens com
qualidade e preço competitivo, começando pela redução da escorchante carga
tributária e pelo aumento da fiscalização efetiva dos produtos.
A possibilidade de uma moeda brasileira mais forte pode
não ser um sonho. Um governo que quer geração de empregos não pode abandonar os
setores produtivos à própria sorte. Os investimentos são necessários, mas a
segurança jurídica para as empresas é fator preponderante. A competição com
produtos estrangeiros mais baratos é um problema do empresário, mas a
estabilidade política e econômica do país é um problema do governo.
O trágico governo de Dilma restou como uma herança
maldita para Michel Temer, que também não conseguiu colocar a locomotiva nos
trilhos e ainda perdeu muito no campo político. Temer escolheu mal os seus
companheiros de governança. E o Brasil, depois de tudo isso, passa a depender
de um crescimento bem acima do atual, para fugir do fantasma da quebradeira
geral, iniciada pela megalomania de Lula, continuada pela incompetência de
Dilma e ainda vigente no governo de Temer, fragilizado pelas próprias ações de
politicagem desmedida. A inflação volta a rondar. A crise econômica está
instalada. O desemprego chega às casas de 14 milhões de trabalhadores. A
prestação de serviço público se deteriora e a contrapartida pelos impostos
pagos não vem.
A bolha estatal criada pelos empregos sem concurso
público coloca em risco a economia do país. Para quitar a sua salgada folha de
pessoal, o Estado precisa arrecadar. Para arrecadar, o Estado precisa que o
setor empresarial produza e pague impostos. Para produzir, as empresas carecem
de segurança para seus investimentos e mão de obra qualificada. Para realizar
estes dois últimos, as empresas imploram por um sistema tributário menos burocrático
e menos aterrorizador.
O drástico corte de gastos públicos precisa ter início
imediato. As mordomias palacianas têm de acabar. O empreguismo gerado pelo
cabide estatal não tem mais espaço na sociedade. O aparelhamento do Estado é
inaceitável e requer anulação de atos e extinção de cargos. Daí a inteligência
de que o próximo Presidente da República vai enfrentar dificuldades enormes para
limpar a sujeira deixada pelos governos populistas anteriores. Data venia, sem ofensas, uma vez que a mensagem
e a crítica não são partidárias. São cidadãs. A democracia ainda vigora.
Uma coisa é certa - o próximo governo vai receber
uma herança maldita e vai ter de roer o osso, porque cortar gastos nem sempre é
boa política e muito menos de boa vizinhança; porque a crise político-econômica
precisa ser controlada urgentemente; porque o desemprego não pode mais
sacrificar famílias inteiras; porque a inadimplência precisa ser zerada; porque
a violência precisa ser contida; porque a moralidade e a legalidade são peças
inegociáveis na administração do país; e porque o povo não tem mais paciência
para roubalheira, desvios, malversação, descaminhos e tanta corrupção. O novo
líder nacional vai ter muito trabalho, mas vai ter de realizá-lo, bem e
rapidamente.
Enfim, o próximo Presidente da República vai
precisar tomar as rédeas e comandar com firmeza para reconstruir o país.
Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG).
Só o Brasil para aguentar tanta sanguessuga governo após governo. Qualquer outro país mais adiantado já teria banido essa corja de ladrões que enriquece à custa do povo e dos cofres públicos e ainda saem ilesos. Bando de calhordas que mereciam apodrecer na cadeia depois de tanta corrupção, mensalão, petrolão e outros desvios bilionários. O próximo presidente terá de trabalhar muito para colocar a casa em dia. Tenho pena do Bolsonaro, que terá de trabalhar muito e ter uma equipe que também trabalhe muito e com honestidade e igualdade para todos. O Brasil merece um melhor lugar no mundo, apesar dessa herança maldita deixada pelos petistas incompetentes e lotadores de governo alheio. Gostei do blog e gostei muito do texto acima. Muito bom meu caro Dr. Wilson Campos, pela forma correta, ética e cidadã de falar e exprimir suas ideias. Parabéns nobre advogado!!!!
ResponderExcluirRogério Freitas.
A herança maldita do PT: 13 milhões de desempregados - retorno das inflação e aumento de preços de alimentos - juros altíssimos - estatais sucateadas - cabides milionários de empregos de petistas e companheirada semi-analfabeta no poder - estradas esburacadas e intransitáveis - estados falidos - população escandalizada com a roubalheira petista - comunistas espalhados pelos 4 cantos do país e fazendo horrores com o dinheiro público - saúde precária - educação desvirtuada e desnorteada - desconfiança dos investidores que abandonaram o Brasil e foram para outros países mais honestos - além de muitos outros absurdos verificados na esfera judicial e criminal. Herança maldita que o povo vai ter de herdar e pagar o saldo negativo, ou seja, herança que ninguém gostaria de receber. Enfim gostei do texto acima do Doutor Wilson Campos, advogado, que muito bem soube mostrar a realidade dura do nosso país. Maria Carolina S. A.
ResponderExcluirDr. Wilson, o senhor é muito correto e educado e tem um cuidado grande com as palavras, eu já acho que a turma do PT é uma herança maldita enquanto existir um elemento que seja. O Brasil só vai crescer, melhorar e ser mais igual quando o PT acabar de vez. Fora com os comunistas e sorte ao Brasil com os novos ventos de democracia e moralidade que nos chegam. Obrigado Dr. Wilson pela oportunidade da leitura e do comentário na defesa do nosso país. Francisco José S. Novais
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