TUDO ERRADO: UM DÁ ASILO A UMA CONDENADA POR CORRUPÇÃO E O OUTRO MANDA SOLTAR NARCOTRAFICANTE.

 

Realmente, o Brasil não é para amadores. As notícias de hoje são escandalosas. A grande imprensa tenta tapar o sol com a peneira. A mídia vendida ou comprada, como queira, não informa com transparência à população os absurdos cometidos por “nobres” autoridades.

Vejam que, nas últimas 48 horas, o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, mostraram ao mundo como é fazer a coisa errada. Aliás, tudo errado nas ações desses dois senhores. Estão transformando o território brasileiro em um paraíso para uns e em terra sem lei para outros. Corruptos, narcotraficantes e criminosos de toda espécie estão se dando muito bem nas terras tupiniquins, enquanto que, por outro lado, pessoas comuns estão presas sem a ampla defesa, sem o contraditório e sem o devido processo legal (caso dos manifestantes do 8 de janeiro de 2023).    

Vejamos o triste e vergonhoso escorço histórico recente, novo, de agora - são dois casos vexaminosos:  

1º) A Justiça do Peru condenou o ex-presidente Ollanta Humala e sua esposa, Nadine Heredia, a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro qualificada, em razão do recebimento de propinas tanto do ditador venezuelano Hugo Chávez quanto da Odebrecht. O dinheiro da corrupção foi usado para financiar as campanhas eleitorais de Humala, da mesma forma como o PT fez no Brasil – uso de dinheiro desviado para financiar campanhas políticas bilionárias.

Os promotores peruanos acusaram Humala e a esposa de lavagem de dinheiro por ocultarem o fato de que receberam três milhões de dólares (5,62 milhões de reais na época) da Odebrecht para sua campanha presidencial de 2011.

Humala já está preso e deve permanecer na cadeia até 2039, aproximadamente. Já a ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia chegou a São Paulo na noite de quarta-feira (16/04), após receber asilo político do governo brasileiro. E a mídia e as redes sociais divulgaram fartamente que ela foi buscada por um avião da FAB.

Uma condenada se utiliza das mordomias concedidas pelo governo brasileiro e em muito pouco tempo será vista nas rodas sociais como uma cidadã de bem. Ou seja, realmente, o Brasil não é para amadores.  

Em termos de corrupção, a história do Peru é bem diferente da do Brasil. Lá, corruptos e lavadores de dinheiro denunciados pela Lava Jato foram devidamente punidos e responsabilizados. Aqui, todos estão livres, sem exceção, andando por aí, conspirando contra o Estado de direito, a liberdade e a democracia, desfrutando do dinheiro roubado e divulgando acintosamente que voltarão à política brevemente, como, aliás, já aconteceu com alguns petistas.

A ex-primeira dama do Peru foi salva pela embaixada brasileira em Lima, graças aos seus companheiros brasileiros da corrupção, que lhe deram asilo diplomático com direito a transporte aéreo em avião da FAB, em voo direto de Lima (Peru) para São Paulo (Brasil).  

Como visto, Nadine Heredia não se refugiou na embaixada dos Estados Unidos, da Itália, de Portugal, do Reino Unido, da Argentina, da França, do Japão, da Coreia do Sul ou da Alemanha. Não! Ela preferiu a embaixada do país presidido por um político em situação idêntica à sua, ou seja, uma pessoa condenada por corrupção e lavagem de dinheiro, também por ter recebido propinas da Odebrecht e de outras empreiteiras. Ou seja, Nadine escolheu o país onde sabia que sua impunidade estaria garantida pelos “companheiros”.

Daqui a pouco, Nadine provavelmente será recebida com todas as pompas por Lula, Janja e outros “companheiros” do governo petista. Será abraçada e acolhida na terra da impunidade que o Brasil se tornou. Será elogiada e comemorada por esquerdistas comunistas e por jornalistas da militância, que rapidamente denunciarão uma inexistente “perseguição política” dos direitistas peruanos.

Para piorar ainda mais o quadro pintado pela corrupção, vale observar que a viagem de Nadine ao Brasil foi paga por todos nós, pobres brasileiros, que ainda somos obrigados a fazer papel de otários e ver uma corrupta internacional gozar de todas essas benesses proporcionadas pelo governo do PT.

2º) O ministro Alexandre de Moraes, do STF, sempre ele, determinou a soltura do búlgaro Vasil Georgiev Vasilev, narcotraficante internacional, que foi transferido para prisão domiciliar em retaliação à Espanha, que havia solicitado sua extradição após ele ser flagrado transportando mais de 52 quilos de cocaína em malas por Barcelona. O ministro Alexandre suspendeu o pedido de extradição após a Justiça espanhola negar a extradição do jornalista Oswaldo Eustáquio, alegando motivação política no pedido feito pelo governo brasileiro. Ou seja, Alexandre de Moraes revidou, embora sem amparo legal para tanto - não existe previsão legal no asilo concedido pelo ministro do STF ao traficante de drogas búlgaro.

Advogados criminalistas afirmam que, no caso de tráfico de drogas não se discute reciprocidade, mas sim a extradição. Para os especialistas, esse asilo não tem previsão na legislação brasileira e não se poderia alegar a tal reciprocidade, além do que a prisão domiciliar não é permitida para o caso. Ou seja, resta evidente que Moraes preferiu soltar o narcotraficante como um ato de vingança contra a Espanha.

Os criminalistas entendem que: Moraes soltou o narcotraficante búlgaro de ofício por pura birra; no Brasil, o STF é o único poder de fato, e fala por último; e está cada dia mais cristalino que quem governa o Brasil é a Suprema Corte, seja interferindo nas ações do Executivo e destruindo a competência do Legislativo ou dando canetadas e usurpando o poder de outrem.

O narcotraficante búlgaro Vasil Georgiev teve a sua prisão decretada no Brasil em novembro de 2024 e foi preso em 18 de fevereiro deste ano. Mas Alexandre de Moraes, o mesmo, em seu destemperado “chilique supremo”, tirou da cadeia o narcotraficante internacional e o mandou para casa, onde, sem qualquer vigilância estatal, poderá voltar a cometer toda sorte de crimes.

Pergunta dirigida a Moraes: senhor ministro, quem serão as vítimas depois desse seu ato temerário e desmedido?

Eu ouso responder: as vítimas seremos nós, brasileiros comuns, sem segurança e sem lei efetiva que nos proteja. Ora, esse Vasilev, criminoso com forte influência no submundo do crime, com certeza tem contatos com traficantes, ladrões, organizações criminosas, hackers e mercenários internacionais de todo tipo e periculosidade, todos capazes de ajudá-lo a cometer novos crimes ou a fugir do Brasil. Mas para que fugir do Brasil se ele já se sente em casa, protegido, e com possibilidades de instalar aqui um novo bunker do crime organizado?

Que tristeza! Que vergonha! No país da impunidade é assim: um dá asilo a uma condenada por corrupção e o outro manda soltar um narcotraficante. Está tudo errado. Muito errado.  

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021). 

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