VEREADOR DE BH É ALVO DE OPERAÇÃO DA POLÍCIA.

 

Segundo divulgado pela imprensa local, agentes do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) apreenderam, na manhã desta terça-feira, 25, vários documentos, computadores, pen drives e mídias no gabinete de um vereador, suspeito de praticar três crimes.

 

A Polícia Civil, encarregada do caso, não divulgou o nome do parlamentar alvo da operação. No entanto, a Câmara Municipal confirmou que Léo Burguês (PSL), atual líder do governo na Casa, teve o gabinete vasculhado por suspeita de prática de “rachadinha”, corrupção e contratação de servidores fantasmas, valendo esclarecer que “rachadinha” é o esquema montado para que funcionários devolvam parte do salário recebido.

 

O delegado responsável pela operação, ao deixar a sede do Legislativo municipal, informou que detalhes do caso seriam repassados posteriormente, durante uma coletiva de imprensa. O policial apenas confirmou os materiais apreendidos que ainda seriam analisados.

 

Na prometida coletiva realizada na 1ª Delegacia de Repressão a Organizações Criminosas (1ª Draco), o delegado esclareceu que não poderia dar maiores informações sobre as investigações, em razão do sigilo imposto pela Justiça. Ele confirmou apenas que a apuração teve início há um ano e que estão sendo investigados um vereador e diversos funcionários da Câmara.

 

O vereador investigado, Léo Burguês, emitiu nota, mostrando-se surpreso com a operação policial. “Foi com surpresa que recebi hoje de manhã na minha casa e na Câmara Municipal a visita de policiais civis. Não posso me manifestar sobre o motivo, por ainda ser desconhecido pra mim e meus advogados. Ressalto que todos os atos da minha vida são pautados pela licitude e honradez”, afirmou ele, sem nenhum constrangimento. 

 

Por sua vez, a Câmara Municipal informou que prestou todo o apoio à autoridade policial no cumprimento do mandado de busca e apreensão e esclareceu ainda que não possui informações sobre o andamento das investigações, que correm sob sigilo.

 

Já a Prefeitura de Belo Horizonte informou que não se manifestaria, como tem sido praxe em relação a investigações no Legislativo, embora no presente caso se trate de seu líder de governo na Câmara.

 

A Justiça expediu 19 mandados de busca e apreensão no total. Além do gabinete na Câmara, as ordens foram cumpridas em outros pontos de BH e da região metropolitana. Ou seja, a polícia está fechando o cerco e investigando o péssimo comportamento de alguns “representantes” do povo, que têm se mostrado desrespeitosos com o Legislativo municipal, com o eleitor e com a cidade.

 

Por incrível que pareça, essa é a segunda ação policial na Câmara de BH em menos de cinco dias. Na última sexta-feira (21), o gabinete do vereador Ronaldo Batista de Morais (PSC) também foi vasculhado por investigadores. Os policiais que investigam o assassinato de um vereador de Funilândia, chegaram até o político da capital. Na ação, quatro pessoas foram presas.

 

Em agosto do ano passado, o vereador Cláudio Duarte (PSL) teve o mandato cassado por unanimidade devido à prática de “rachadinha”. Três meses depois, o parlamentar Wellington Magalhães (DC) também perdeu a cadeira após denúncia de tráfico de influência, ameaça a parlamentares, recebimento de propinas e fraudes em licitação.

 

De maneira que os belo-horizontinos precisam escolher melhor seus vereadores e não votar em qualquer um. A ideia é avaliar a vida do candidato e verificar se é ficha limpa, probo, trabalhador, honesto e se tem comprometimento com os interesses macros da cidade.

 

As eleições estão quase chegando e a escolha do prefeito e dos vereadores deve ser aprimorada, pois, os que estão aí deixam muito a desejar, salvo raríssimas exceções. Aliás, o prefeito atual não merece confiança e existem acusações sérias contra ele no Ministério Público de Minas Gerais, que está apurando, e a maioria esmagadora dos atuais vereadores não possui qualidade nem credibilidade.

 

Com certeza, nas próximas eleições, a renovação da Câmara Municipal deverá ser grande, haja vista o péssimo trabalho que os vereadores fizeram, além de restarem submissos aos mandos e desmandos do Executivo. Ou seja, o Legislativo municipal ficou feito marionete nas mãos do prefeito, cumprindo um papel ridículo em plena pandemia do novo coronavírus. Lamentável!

 

Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Delegado de Prerrogativas da OAB-MG). 

 

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Comentários

  1. Esse vereador Léo Burguês nunca me enganou . Antes, o Léo das coxinhas da madrasta e agora o Burguês da rachadinha. Que vergonha, agora o sujeito toma o dinheiro dos funcionários. Líder do governo municipal na Câmara. Tal prefeito tal vereador. Os dois se merecem e quem com porcos anda farelo come. Bela dupla de cafajestes. Ninguém pode votar mais nesses sujeitos. Muito bom Dr. Wilson o seu artigo e seus conselhos para as próximas eleições. Todo cuidado é pouco. Parabéns. Clarice Lima.

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  2. João Carlos Ambrósio26 de agosto de 2020 às 14:00

    Eu fui muito a essa camara de vereadores um tempo pedir por obras no bairro. Quase todos os vereadores fugiram da obrigação e ficavam só no celular e não trabalhavam quase nada. Bando de come quietos que não ajudam as comunidade e não estão nem ai para os mais pobres. Eu sou líder de associação e não tive nenhum atendimento e nem um ponto de ônibus e rede esgoto conseguia porque empurravam para outros setor e a gente ficava na mesma. Acho que nesse ano vamos votar só em vereador novato pra ver se funciona. Eu agradeço o senhor doutor Wilson pela atenção que sempre deu a gente e orientou sobre estatuto e documento. Abração doutor. João Carlos A. S.

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