GOVERNO ACÉFALO EM MINAS



Temos no momento dois governos em Minas Gerais e, na verdade, nenhum. O de Fernando Pimentel que decreta calamidade financeira, parcela salários de servidores públicos, deixa as estradas e rodovias entregues ao abandono, não capta recursos federais para investimentos em infraestrutura, não constrói escolas, hospitais nem obra alguma, e o de Fernando Pimentel, o mesmo, que gasta imensas quantias de dinheiro público com propaganda em televisão, com diárias e viagens para o exterior e com compra de helicópteros modernos, que servirão também para seu uso pessoal ou para buscar seu filho em festa de réveillon.

Não bastasse fazer uma administração estadual sofrível, de pouquíssimo ou nenhum êxito, o governador é alvo da Operação Acrônimo e de denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Nunca o Estado de Minas Gerais foi tão apagado do cenário nacional, graças às lambanças pessoais e administrativas do atual governador, que viaja muito e trabalha pouco. Além do que, iniciou o seu mandato praticando um verdadeiro inchaço da máquina pública, nomeando apadrinhados e protegendo membros do seu partido. A seguir, passou a realizar manobras  fiscais, aumentar tarifas de água e energia, desvalorizar os servidores, aumentar salários do alto escalão e colocar debaixo do braço a Assembleia Legislativa. Por fim, deixa aos poucos a sua marca de péssimo gestor, de político distante das tradições mineiras e de pessoa habituada à tergiversação e à demagogia.

A história de Minas não merecia passar por isso, por esse (des)governo, por essa humilhação. Os mineiros, coitados, sofrem com a incompetência dessa administração pálida e sem expectativa. Os jovens não vislumbram empregos depois da formação acadêmica. Os adultos não têm garantias no atual mercado de trabalho. Os idosos não contam com saúde, lazer ou sossego, porque a violência em Minas tem crescido absurdamente, e o governo Pimentel não faz nada para resolver essa questão gravíssima e latente.

Não menos grave e constrangedora é a situação em que o governador colocou o povo mineiro. Fez parcelamento de salário dos funcionários públicos que recebem acima de R$3mil. Enlutou o território com a tragédia de Mariana. Sujou e contaminou os rios com a lama das mineradoras. Descumpriu o piso salarial dos professores. Deu vexame ao ser denunciado por crime de improbidade administrativa. Amargou derrota no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e na PGR. Afugentou empresas e investimentos externos. Confiscou depósitos judiciais. Ameaçou vender a sede do governo. Criou a proposta dos fundos imobiliários para arrecadar dinheiro com a venda de imóveis públicos. Ou seja, faz a pior administração que o Estado de Minas Gerais já presenciou.  

Ademais disso, o governador Pimentel tenta melhorar a sua imagem com os mineiros e vai para a televisão, em horário nobre, fazer propaganda do seu governo. Ora, isso não tem o menor cabimento. Pimentel não tem feito absolutamente nada de relevância para os mineiros. A administração estadual está relegada a plano inferior pelo governo federal, justamente porque o governador não tem prestígio na Câmara, no Senado ou na Presidência da República. E a conta dessa desarmonia é paga pelo povo mineiro, mais uma vez. Que triste, conterrâneos mineiros!

Mas nem tudo está perdido, porque Minas são muitas e saberemos dar a volta por cima, empurrando para o ostracismo esse e outros políticos que não souberam honrar a brava história da Inconfidência Mineira.

As eleições estão próximas e o recado será dado. O eleitor mineiro, com certeza, saberá afastar os maus gestores, os maus exemplos e os maus políticos.

Se o atual governador diz que não tem dinheiro para administrar o Estado, como ele explica os milhões gastos com propaganda oficial, com cardápio de alto luxo nos Palácios, com diárias e viagens internacionais, com compra de aeronaves, com aumento de salário do primeiro escalão, com churrasco para desembargadores, com contratação de consultoria econômica, com aglutinação de partidos políticos, e com muitos outros acessórios supérfluos?

Não existe explicação para tanta desfaçatez governamental. Minas Gerais não merece isso. O povo mineiro não merece isso. Fazer o que? Simples. Basta não eleger ou reeleger nunca mais esses políticos ou arremedos de homens públicos, e conduzi-los ao esquecimento, ao isolamento, ao ostracismo, definitivamente.


Wilson Campos (Advogado/Especialista em Direito Tributário, Trabalhista e Ambiental).



Comentários

  1. Falou com espírito de mineiro Dr. Wilson. Por isso, meus parabéns, porque os inconfidentes não mereciam essa traição desse péssimo governo mineiro do faz de conta. Esse governo que deixa o povo às moscas e submetido pela violência. Êta governinho de m... esse do petista Pimentel. A segurança pública não existe, a saúde não existe, a educação não existe, as estradas não existem e nada existe mais em MG, porque o governador não faz nada e não sabe fazer nada. Ruim demais esse governeco de meia pataca. Dr. Januário D. F. Dias

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  2. Meu caro e valente Dr. Wilson, eu e muitos achamos que nunca tivemos um governo tão ruim, em todos os sentidos, porque além das maracutaias em que está metido, ainda não corresponde aos apelos dos mineiros. São Paulo, RJ e Bahia estão na frente de MG - no crescimento, no desenvolvimento, nos investimentos, nos transportes por metrôs e outros modais de mobilidade, na conservação das rodovias, e em outras áreas fundamentais, como saúde, educação e segurança pública. Gostei muito do seu artigo, como sempre na defesa de um país melhor para todos e um Estado de Minas mais progressista e mais respeitado na Federação. Vamos reagir, porque Minas não pode ser preterida. NUNCA. Mathyas J. H. Jr.

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