CUMPRIR AS PRIORIDADES
“Obrigações do poder público”
Embora não
pareça, os problemas da cidade são de competência dos vereadores, do prefeito e
de toda a sociedade, restando a cada um a obrigação de fazer sua parte, seja
legal ou social. As prioridades precisam ser atacadas, de maneira conjunta, mas
sem sacrificar ainda mais a população, que já é explorada por uma carga
tributária cruel e sem a contrapartida do serviço público adequado ou
suficiente.
Em Belo
Horizonte, o trabalho dos eleitores será hercúleo, uma vez que a prefeitura e a
Câmara dos Vereadores têm-se mostrado perdidas em suas prioridades, não dando
respostas satisfatórias aos cidadãos e muito menos convencendo pelo tempo
dedicado ou pelo trabalho realizado.
Se no
Legislativo os senhores vereadores não se entendem e a costumeira forma de
legislar se repete nas confusas reuniões das comissões, sem quaisquer êxitos e
proveitos significativos para a coletividade, no Executivo o senhor prefeito
não consegue administrar com tranquilidade e reclama nas redes sociais que “tá
foda” governar.
Dessa forma,
em que pese a quase total inércia da Câmara dos Vereadores, que não mostra
serviço e não diz a que veio, até o presente momento, principalmente no
atendimento das reais necessidades dos belo-horizontinos, ainda dá tempo de
começar a trabalhar e justificar o salário e os gastos da pouco produtiva Casa legislativa.
Já a
prefeitura precisa colocar em prática uma gestão mais humana, mais integrada
com as pessoas comuns, que são as que mais sofrem na capital, embora o direito
à paz, à segurança, ao sossego, à limpeza e a uma cidade melhor para viver seja
de todos, igualitariamente.
Vale
asseverar que as prioridades prometidas, desde a campanha eleitoral, necessitam
de efetivação, sem as desculpas pequenas de falta de verba porque esta existe
quando é para pagar mordomias, regalias e outras vantagens, não sendo,
portanto, admissível que sirva de obstáculo para a organização, o planejamento,
o desenvolvimento e a humanização da cidade.
As
prioridades podem ser eleitas de forma simples, bastando enfrentar com coragem
as vicissitudes de cada uma, a começar por moradores de rua; mendigos e
desvalidos; camelôs e ambulantes; hospitais e escolas; praças e parques;
segurança e proteção; habitação e urbanização; esgoto e saneamento; limpeza e
capina; enchentes e inundações; dengue, chikungunya e zika; mobilidade urbana;
e diálogo, interação e reciprocidade com as entidades representativas dos
moradores.
A rigor, estes
cobram dos vereadores e do prefeito o cumprimento das prioridades e das metas
relativas a direitos humanos e sociais. A Câmara, por ser a responsável por
representar a população nesses processos, e a prefeitura, por ser a responsável
pelas metas de resultados do município, cabendo-lhe, no mínimo, cumprir a promessa
de “governar para quem precisa” e “fazer funcionar com qualidade”, segundo os
slogans da própria administração municipal.
Wilson
Campos (Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses
Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Especialista em Direito Tributário,
Trabalhista e Ambiental).
(Este
artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quinta-feira, 3 de
agosto de 2017, pág. 23).
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Também acho que o prefeito e os vereadores precisam se dedicar mais à cidade, que está suja, muito lixo nas ruas, mendigos por todos os lados, caixas de papelão nas calçadas e nos canteiros, fogo e moradia sob os viadutos, marquizes e por todo lado que se caminhe ou vá. Tenho pena dos mendigos e de toda a situação sofrida, mas as pessoas precisam ir e vir, e do jeito que está a coisa piora a cada dia. Portanto, precisam trabalhar mais os nossos representantes, o mais depressa possível. Parabenizo o Dr. Wilson pelo impecável artigo, como sempre na medida certa. Gilmar H. J. S.
ResponderExcluirVamos dar um crédito ao prefeito para mudar essa cara da cidade que está suja, esburacada, cheia de mendigos e camelôs, trânsito precário e com problemas de toda natureza. Quanto aos vereadores, já tiveram muito tempo e não fazem nada, nada, nada. Só ganham salários e passeiam. As reuniões desses vereadores são para fazer de conta, porque não resolvem nada de fato. Gostei muito do artigo do Dr. Wilson Campos e recomendo. Sou de BH, brasileiro e cidadão indignado, como muitos, com essa política que só atrapalha o país. Chega!!!!!!!!!! Jasmira M. L. S.
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