LULA, O PRESUNÇOSO.


A autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), para Lula dar entrevista na prisão, a rigor, causou controvérsias no meio jurídico e estranheza na sociedade. Um presidiário conceder entrevista não é muito natural. Um presidiário conceder entrevista, bancar de inocente, distribuir desaforos e ainda se mostrar altamente vaidoso, insensato e presunçoso é ainda muito pior. Parece que a prisão não ajudou Lula a melhorar sua visão de mundo, pois sua performance egocêntrica continua a mesma, aplaudida apenas por amigos e companheiros petistas.   

Lula disse na entrevista, que vê muitos filmes e lê muitos livros, mas não apresentou nenhum resumo ou relatório de livros porventura lidos. Ao contrário disso, continua com memória fraca e língua afiada, principalmente quando se trata de críticas a terceiros e a outros partidos, imaginando ele na sua consciência “tranquila”, que o PT ainda é o maior, imbatível e incontestável. Pobre Lula, que finge não saber que o seu partido foi derrotado fragorosamente nas urnas, nas esferas federal, estadual e municipal. O PT ganhou em pouquíssimos lugares. Na maioria e nos maiores centros eleitorais o PT foi escorraçado e submetido a uma vexamosa chuva de votos de candidatos de outros partidos, que viraram a mesa e ganharam honestamente as eleições.

Na inusitada entrevista, Lula não se redimiu de erros passados nem fez autocrítica de comportamento, apesar de todos os seus malfeitos. Aliás, vale lembrar que Lula é um presidiário, que se portou como tal, com linguagem pouco ou nada convencional, preocupado em achar culpados em outros partidos e se esquecendo do seu próprio, o maior de todos na arte das artimanhas promíscuas com empreiteiras. Mais do que isso, Lula e o PT caminham ainda pela mesma trilha degenerada de antes, com acentuada falácia ideológica e puríssima retórica política, achando sempre que o seu nicho partidário tem a solução para tudo, inclusive para acabar com a crise econômica e exterminar a pobreza. Ora, tentaram antes e não conseguiram, mesmo sabendo que essa é a função do gestor, do administrador e do comandante da nave. Terceirizar responsabilidades é uma mania de Lula, que continua o mesmo na inconfundível arte de tergiversar.   

Lula poderia ter aproveitado a entrevista, raríssima no caso de presidiários, mas permitida por condescendência do STF, para positivar possibilidades de controle da crise político-econômica, que ele e Dilma deixaram de herança para o Brasil. Mas, ao contrário disso, deitou falação contra seus oponentes políticos, como se isso fosse ajudar o país. Veja-se o caso da reforma da Previdência, sobre a qual ele diz que se sentaria com os trabalhadores, os empresários, os aposentados e os políticos e encontraria uma solução para arrumar onde tem que arrumar. Ora, Lula teve oito anos de mandado como presidente e não fez nada disso. Sua sucessora, Dilma, teve mais seis anos e também nada fez, chegando ao ponto se sofrer impeachment, por pedaladas fiscais e outros erros políticos imperdoáveis, de conhecimento de todos.

Destilando ironias e proferindo frases inconclusas, Lula avança na entrevista aos trancos e barrancos, dizendo que ele e o PT queriam transparência e combate à corrupção; que se alguém do PT cometeu algum erro tem que pagar; que o que eles querem é que se apure e investigue, e depois julgue e condene. Lula diz que fala por si e desafia Moro, Dallagnol e 209 milhões de brasileiros a provar a sua culpa. Note-se a presunção de Lula, que alega por alegar e nem cogita a sua culpabilidade, embora tenha sido condenado por três tribunais distintos.  

Ao longo de toda a entrevista, Lula destaca pontos positivos da época de seu governo, das relações internacionais, das negociações internas e externas, das ajudas a países vizinhos, das grandes amizades no Brasil e no exterior e de tudo que envolveu positivamente sua administração enquanto presidente da República. Entretanto, Lula não cita os erros, os fracassos, a corrupção, o mensalão, o petrolão, os descaminhos da economia, o crescimento do desemprego, as mazelas políticas entre Legislativo e Executivo, a crise político-financeira nos municípios, nos estados e no governo federal, e as denúncias de amigos e correligionários petistas contra ele, em casos de corrupção e outros crimes contra a administração pública, incluindo o seu ex-ministro Palocci.

Lula poderia ter aproveitado a entrevista para tentar otimizar as políticas públicas necessárias, para prestigiar a importância da democracia, para conclamar os brasileiros a somar esforços por um país único e melhor para todos, para trabalhar pelo fim do desemprego, para lutar pelo crescimento e o desenvolvimento, para defender a prevalência da paz e da serenidade na sociedade e nas instituições e para pedir pela inclusão social, entre outros pontos valorosos para a coletividade. Ao contrário disso, Lula, presunçosamente, falou de si e do PT, desmerecendo o restante da história do país e colocando mais lenha na fogueira.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas tributária, trabalhista, cível e ambiental).   

Comentários

  1. O camarada Lula só fala besteiras e bebe cachaça. Quando foi presidente não fez nada de importante para o país, mas ao contrário, encheu os bolsos dos países comunistas vizinhos de dinheiro brasileiro via BNDES. Este sujeito não merece ser ouvido nem em uma frase quanto mais em entrevista. Preso dando entrevista, só aqui no Brasil vê se isso acontece na Europa ou nos USA?. Fora Lula e fora PT. Nunca mais. Marcos G.S Corrêa.

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  2. Margarida Beltrão1 de maio de 2019 às 11:55

    Votei no Lula. Votei no PT. NÃO VOTO MAIS. NUNCA MAIS.
    Confesso que nunca tive tanto nojo de uma pessoa e de um partido.
    O artigo do Dr. Wilson Campos, que não conheço pessoalmente, mas já ouvi falar e tive boas referências, está bem pontuado e expressivo na realidade do que aconteceu na entrevista. Lula presunçoso é pouco, ele é presunçoso, falso, falastrão, vaidoso, medroso, mentiroso, omisso e manipulador, além, claro, de ser um garoto propaganda da cachaça a tomo momento. Lamentável. Sou Margarida Beltrão - cidadã - aposentada - socióloga.

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