GESTÃO PRESIDENCIAL.


A gestão presidencial é de quatro anos, ou seja, de 1.460 dias. O ideal seria que, em cem dias, o presidente entregasse mais do que entregou, mas a casa estava tão desarrumada, com a bagunça dos petistas (mensalão e petrolão), que Jair Bolsonaro precisará mais do que um Sérgio Moro para ajudá-lo na organização, pois precisará também do povo na colaboração da construção de um país melhor para todos. Ademais, a sociedade organizada sabe muito bem que o Brasil precisa da força de todos para que os erros sejam corrigidos e a nave governamental siga uma rota segura. Portanto, diante dessa realidade, para mostrar serviço serão necessários, no mínimo, em nome do princípio da razoabilidade, mil dias para o presidente Bolsonaro dizer a que veio. Contudo, nada de desespero com o atual ocupante do cargo, mesmo porque os outros presidentes que passaram pela mesma situação não realizaram quase nada nos cem primeiros dias de governo. 

Os cem dias foram poucos para consertar os estragos deixados por gestões passadas. Daí a sugestão de se planejar grandes realizações em mil dias, porquanto nesse lapso temporal os ministérios já tenham tido tempo de pensar, preparar e efetivar projetos de suas respectivas pastas, no atendimento dos interesses da população e com o intuito de fazer funcionar a máquina estatal, que há muito está emperrada com relação às suas obrigações políticas, econômicas e sociais. Aliás, em mil dias o governo já deverá ter aprovado as reformas necessárias, que, segundo especialistas, se muito tardias, travam de vez o crescimento e o desenvolvimento.

Apesar das dificuldades de diálogo político com o Congresso, da troca de dois ministros e do excessivo número de mensagens nas redes sociais, o presidente Bolsonaro conta com o interesse do mercado e dos investidores, que acreditam numa guinada positiva quando as reformas acontecerem. De sorte que, com fé e otimismo, vale a pena ver os próximos capítulos, mormente quanto ao compromisso do presidente de libertar a Pátria, definitivamente, “do jugo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e da submissão ideológica”.    

Independentemente das ferozes críticas da imprensa, Bolsonaro continua carregando o piano, enquanto os pessimistas de sempre acusam, caluniam e desmerecem todo e qualquer esforço que é feito para aprumar as finanças e diminuir o rombo econômico deixado por Lula e Dilma. As críticas diárias são internas e intensas e quase sempre dos mesmos, que não jogam limpo e mascaram o que está sendo feito de bom para a nação. Por que não fazem críticas positivas, mostrando o erro e ensinando o caminho? Falta competência aos críticos, essa é a realidade. Fazer o que? Apenas torcer para que os críticos mordam a língua e errem nos seus prognósticos pessimistas. 

As mudanças vão surgindo, aos poucos, embora a grande mídia não mostre. E isso é lamentável. Veja-se que, uma das mudanças mais latentes da gestão de Bolsonaro para os governos anteriores são os posicionamentos do Brasil na comunidade internacional. Em seu primeiro compromisso fora do País, ele fez o discurso de abertura no Fórum Mundial Econômico em Davos, na Suíça. Na sua fala ele ressaltou o combate à corrupção e a Operação Lava Jato e se disse animado para apresentar o “novo Brasil” para o resto do mundo. Áspero crítico do ditador venezuelano Nicolás Maduro, Bolsonaro colocou o Brasil em posição de liderança no Grupo de Lima, que é formado por onze países latino-americanos e denuncia o governo da Venezuela. O Brasil foi, inclusive, um dos primeiros a reconhecer o autodeclarado presidente interino do país vizinho, Juan Guaidó, que hoje tem o respaldo de quase toda a América Latina, dos Estados Unidos, do Canadá e da União Europeia. Será que aqui também errou Bolsonaro, segundo a grande imprensa brasileira? Ou será que o presidente está tentando consertar os antagonismos de outrora? Ora, o Brasil é um país de regime democrático, enquanto a Venezuela é um país comandado por um regime ditatorial, cujo titular está apenas e provisoriamente resguardado pelo exército venezuelano.

Afora as questões internacionais, o governo Bolsonaro precisa implementar políticas fortes e proativas dentro do país, nas áreas da saúde, educação e segurança, mesmo que a reforma da Previdência não seja a que o ministro da Economia Paulo Guedes pretende, como prioridade do governo federal. Além do que, existe também o “pacote anticrime” criado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, que ganhou espaço dentro do governo por agradar a base aliada e o eleitorado mais próximo do presidente. Ademais de tudo isso, vale considerar a grande quantidade de mordomias palacianas e ministeriais que foram cortadas, como demonstração da boa vontade de Bolsonaro com as suas próprias promessas de campanha, que, grosso modo, atendem as aspirações do povo brasileiro, que não tolera mais gastanças e luxos com politicagens imerecidas.

Diante dos fatos, mil dias é prazo suficiente para o presidente dizer a que veio e mostrar o alcance da sua gestão, que, espera-se, seja voltada para o progresso da nação e para a satisfação de todos os brasileiros.  

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação em Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental).   

Comentários

  1. Cem dias é pouco, mas o presidente precisa mostrar serviço logo porque o povo está cansado de esperar pelo que não vem. Concordo com Dr. Wilson Campos , mas acrescento que o governante não pode demorar a cumprir suas promessas de campanha . Obrigado. Massimo V. F.

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