LULA E SEUS 37 MINISTÉRIOS.

O presidente “eleito” Lula anunciou que seu governo terá 37 ministérios. O atual governo do presidente Jair Bolsonaro tem 23 ministérios. A expansão absurda de 23 para 37 ministérios não encontra justificativas sérias, mas conta com a ressalva frágil de Lula de que esse aumento não causará elevação dos gastos públicos. Será?

Está de volta o jeito petista de governar, e já começa com mentiras e falácias, mesmo antes de assumir o poder. A omissão de informações da equipe petista é na mesma proporção dos 37 ministérios, que dizem que não trarão aumento de custos. Mas o resultado está desenhado, pois quanto maior o cabide de emprego, maior a gastança do dinheiro público.

As explicações dos representantes do PT não convencem, e muito menos justificam. O excessivo número de ministérios é tão somente para abrigar pessoas indicadas por partidos que apoiaram Lula nas eleições. E creiam, nem sempre a competência técnica será levada em conta, uma vez que o importante para a esquerda é distribuir cargos para os amigos e para os amigos dos amigos.

O aumento de pastas vai gerar mais custos. Os 37 ministérios não sobreviverão sem despesas com servidores e pessoal contratado, além do que os gestores desses novos ministérios também receberão polpudos salários. Daí que não existe a menor possibilidade de ser inteligível a fala de que não haverá aumento de despesas. O caminho escolhido por Lula e seus aliados do PT leva direto à explosão de gastos.  

Tão inevitável como a inexperiência de muitos nomes escolhidos para os ministérios é o fato de que a criação de mais 14 pastas provocará um impacto bastante significativo nos gastos públicos. As despesas surgirão logo nos primeiros dias, e o cabide de emprego será congestionado por assessores e chefes, escolhidos a dedo pelos ministros empossados, que buscarão recursos para sustentar seus apadrinhados.

O PT e seus aliados alegam que os 37 ministérios vão apertar o cinto, haja vista ser esta a recomendação de Lula, mas se esqueceram de combinar com os números, posto que a contabilidade não fecha. Basta pegar lápis e papel e somar o salário mensal de um ministro + 13º salário + férias + auxílio de moradia, por exemplo, e o custo adicional será de no mínimo R$650 mil por ano para cada ministro. Isso, sem levar em conta os muitos agregados, a infraestrutura, o cafezinho, o lanchinho, e tantas despesas mais que resultarão em gastos bastante elevados.

A fantasiosa contabilidade do PT e aliados não concilia com a contabilidade exata dos números no papel. A soma dos prováveis gastos das equipes (ministro, secretário executivo, secretário adjunto, assessores, servidores, veículos, combustíveis, passagens aéreas, benefícios, penduricalhos) dos 14 novos ministérios não sairá por menos de R$600 milhões por ano. E os petistas e seu líder Lula ainda têm a coragem de alegar que não haverá mais despesa. Como assim? Os números não mentem. Sejam imparciais e façam as contas. Aliás, as únicas certezas até aqui são que os gastos serão altos e a fatura vai chegar, embora não exista a contrapartida da garantia da receita para tamanha gastança de dinheiro público.

A título de elucidar melhor a questão de gastos com os novos 14 ministérios, vejamos o salário mensal de cada ministro a partir do ano de 2023, já aprovado pelo Congresso:

        - A partir de 1º de janeiro de 2023: reajuste de R$ 33.763 para R$ 39.293,32.

        - A partir de 1º de abril de 2023: reajuste para R$ 41.650,92.

        - A partir de 1º de fevereiro de 2024: reajuste para R$ 44.008,52.

        - A partir de 1º de fevereiro de 2025: reajuste para R$ 46.366,19.

Esse aumento foi concedido, graciosamente, sem nenhum constrangimento, pela Câmara e pelo Senado, no apagar das luzes do ano, antes das férias dos “nobres” parlamentares. Tal aumento vale para os Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Agora, imaginem o efeito cascata disso!

No caso concreto do governo lulopetista, os 14 novos ministérios já representarão um rombo nas finanças públicas. Façam de novo as contas e considerem desta feita os 37 ministérios que Lula já está montando no famoso “toma lá, dá cá”, com os partidos aliados. O rombo será infinitamente maior. E o caos econômico voltará a assombrar o povo brasileiro. Sabem por quê? Simplesmente porque Lula e a esquerda gastam muito e produzem pouco ou quase nada.

Segundo pesquisas breves realizadas, o Brasil passará a ser o país com o maior número de ministérios no mundo. Muitos países, de grande poder econômico, trabalham com 10, 15, 20 ministérios. E o Brasil, um país pobre, vai se dar ao luxo de ter 37 ministérios na nova era Lula. A conta salgada será paga pelo contribuinte, pelo trabalhador, pelo empresário, por todos que pagam impostos.

Vale lembrar que Lula vive dizendo em seus discursos que não vai ficar olhando dados estatísticos, política fiscal do governo nem orçamento do Estado. Ou seja, ele prega a desobediência fiscal e não saberá combinar medidas pelo lado da despesa e da receita. Lula não sabe nada de economia, assim como seu futuro ministro da Fazenda, mas ambos sabem gastar e gastar muito, sem preocupação em estabelecer políticas adequadas para o equilíbrio fiscal.   

Serão 37 ministérios. O festival de gastos será estrondoso e pernicioso. Para aqueles que votaram no PT o recado é: faz o “L”.  

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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