CHUVAS FORTES, PONTOS DE ALAGAMENTOS E PRECAUÇÕES RECOMENDADAS.

 

Belo Horizonte e Região Metropolitana, depois de um longo período de estiagem em 2021, convivem há dois meses com fortes chuvas, ruas e avenidas com vários pontos de alagamentos, enxurradas e enchentes de água suja e lama, e prejuízos materiais de toda espécie, além de uma população temerosa com as consequências dos temporais neste ano de 2022.

A Defesa Civil da capital recomenda atenção ao grau de saturação do solo, sinais construtivos e cuidados com quedas de muros e de árvores, e deslizamentos e desabamentos. A situação mais crítica segundo os especialistas está nas regiões Centro-Sul, Leste e Nordeste, com intensidade alta. Já em Venda Nova, Norte, Noroeste e Oeste, o risco é moderado.

Algumas medidas de precauções são recomendadas. Vejamos algumas orientações importantes:

- Coloque calhas no telhado da sua casa e mantenha-as limpas;

- Conserte vazamentos em reservatórios e caixas-d'água;

- Não jogue lixo ou entulho na encosta;

- Não despeje esgoto nos barrancos e evite escavações profundas nesta época chuvosa.

Outras medidas e cuidados precisam ser adotados e os sinais que mais devem ser observados são:

- Trincas nas paredes;

- Água empoçando no quintal;

- Portas e janelas emperrando;

- Rachaduras no solo;

- Água minando da base do barranco;

- Inclinação de poste ou de árvores.

A Defesa Civil de BH pode ser acionada ao menor sinal de riscos. A precaução é indispensável para se evitarem danos patrimoniais e perdas de vidas humanas.

Quando chove em BH, diversas regiões da cidade ficam intransitáveis por conta de transbordamentos. Para manter a população em alerta e minimizar os efeitos da água, a PBH mapeou os principais pontos de alagamento da capital. Os locais, que são divididos em nove regionais, devem ser evitados durante os temporais.

A região com mais lugares de risco é Venda Nova, com 10 locais de perigo. No Barreiro, os moradores devem fugir de outros nove trechos. Ao todo, BH possui, pelo menos, 60 áreas de alagamento. Veja, abaixo, onde estão localizadas por regional.

Venda Nova

  • Av. Vilarinho
  • Córrego da avenida Liege
  • Córrego Lareira
  • Rua Camões
  • Rua Olavo Bilac
  • Córrego Floresta
  • Córrego Capão
  • Córrego da av. Virgílio M. Franco
  • Córrego do bairro Céu Azul
  • Rua Dr. Álvaro Camargos

Pampulha

  • Córrego Ressaca
  • Córrego Olhos D’Água
  • Córrego Braúnas
  • Av. Sebastião de Brito c/ av. Cristiano Machado
  • Av. Heráclito Mourão de Miranda c/ av. Clóvis Salgado

Barreiro

  • Av. Tereza Cristina
  • Av. do Canal
  • Córrego Olaria
  • Córrego do Túnel
  • Córrego do Jatobá
  • Córrego Bonsucesso
  • Córrego do Barreiro
  • Cardoso (córrego Cafezal)
  • Av. Olinto Meireles

Leste

  • Córrego Santa Inês e Itaituba
  • Córrego da Mata
  • Rua Maria Carmem Valadares
  • Córrego São Geraldo
  • Rua Pitangui c/ av. Silviano Brandão

Nordeste

  • Av. Bernardo Vasconcelos (até o cruzamento com a av. Cristiano Machado)
  • Rua Santa Úrsula
  • Ribeiro de Abreu
  • Rua dos Limões
  • Córrego Gordura
  • Córrego da av. Sanitária

Oeste

  • Av. Tereza Cristina c/ av. Platina (limite de BH - Contagem)
  • Cercadinho
  • Av. Governador Benedito Valadares
  • Rua Ituiutaba
  • Av. Francisco Sá c/ rua Erê
  • Rua Coruripe
  • Córrego Ponte Queimada
  • Av. Silva Lobo c/ av. Barão Homem de Melo

Noroeste

  • Rua Tocantins
  • Av. Amintas Jacques
  • Rua Garibaldi (córrego Engenho Nogueira)
  • Rua das Violas (córrego das Taiobas)
  • Rua Maria José de Jesus

Norte

  • Rua Osmar Costa
  • Córrego Embiras
  • Ribeirão Isidoro
  • Fazenda Velha
  • Novo Aarão Reis
  • Rua Antônio Ribeiro de Abreu (até a ponte da MG-020)

Centro-Sul

  • Av. Prudente de Morais c/ rua Joaquim Murtinho
  • Praça Marília de Dirceu
  • Rua Bárbara Heliodora
  • Rua Monte Alegre
  • Rua Edgar Coelho
  • Rua Mato Grosso c/ rua Tamoios (Centro).

Como pode ser notado pelo grande número de pontos de alagamentos, todo cuidado é pouco em época de fortes chuvas na capital mineira. Aliás, os cuidados devem ser redobrados no interior de Minas e também em cidades de outros estados do país, uma vez que as chuvas têm sido torrenciais Brasil afora. 

As chuvas são sempre bem-vindas, mas o volume de água tem sido acima do esperado e precauções precisam ser tomadas para se evitarem perdas de vidas e/ou ocorrência de tragédias. Prevenção e precaução são recomendações que valem para a população, mas também e, principalmente, para o poder público.

Em tempo, as prefeituras municipais precisam dar mais atenção às áreas de riscos, mas antes da chegada das chuvas, com planejamento e execução de obras que resolvam os problemas, e não apenas sirvam como paliativos. Investimentos públicos, gestão transparente e força de vontade são requisitos para os órgãos competentes equacionarem de vez as agruras recorrentes em épocas de fortes chuvas. A população merece mais atenção e respeito.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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Comentários

  1. Hilton M. V. Napoleão22 de fevereiro de 2022 às 10:11

    BH sofre muito há muitos anos com esse problema e são cada vez maiores os prejuízos da população. Um absurdo a demora para resolverem um problema de engenharia tão comum a todas as cidades. Basta vontade, força de vontade, vontade política, como disse o Dr. Wilson Campos. De minha parte obrigado e gratidão Dr. Wilson (nosso pretendido futuro senador, prefeito ou governador). Vamos lá Dr. Wilson. Estamos prontos pra essa jornada. Abraços. Hilton Napoleão.

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  2. Desde o ano atrasado eu vi obras na Vilarinho em Venda Nova. Obras necessárias, mas muito demoradas. Aqui deveria ser como no Japão, onde conseguem levantar um viaduto em duas semanas e com um custo baixo, mas com qualidade na obra. Aqui o dinheiro some, como dizem que aconteceu em Petrópolis, dinheiro que poderia ter evitado aquela tragédia. Os governos precisam saber que isso vai ser cobrado uma hora - aqui ou lá em cima. Parabéns dr. Wilson pelo seu texto e digo que acompanho isso de perto porque na minha região alaga ruas, canteiros e as águas sujas entram para dentro das casas e lojas da avenida. Vamos lutar por nossos direitos como o senhor sempre recomenda e está certíssimo. Abrs. César Damião.

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  3. A região de Lourdes em BH é um caos também e é perto de onde mora o prefeito. Imagina os locais mais distantes como deve ser o descaso da prefeitura. As obras demoram séculos. E o prefeito anterior fez pouco nessa questão das áreas mais atingidas e o governo do estado anterior do estado não fez nada com seu jeito trapalhão PT de não fazer nada de útil. . O governo estadual atual deveria se unir ao municipal e resolver os problemas dos belorizontinos e mineiros mas em vez disso ficam brigando por espaço político e por candidatura a proxima eleição. Enquanto isso BH e outras cidades de MG ficam dividindo casas e comércios com lama barro e água suja que descem ou que transbordam. Essa política brasileira é uma vergonha e mão muda nunca. O eleitor precisa acordar dr. Wilson Campos como o senhor sempre pede - avaliar bem o candidato antes de clicar na máquina de voto que chamam de urna eletrônica. Deus nos proteja e guarde. Abraços dr Wilson e parabéns por mais este excelente artigo. O seu Blog é tudo de bom e agradável para ler. At: Simone Dulce.

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  4. As enchentes e enxurradas como fala no artigo, sob o meu ponto de vista é origem de descaso dos prefeitos das cidades que não cuidam e só lamentam depois do ocorrido. Gastam o dinheiro que o governo federal entrega para obras em outras coisas e todo ano é a mesma coisa - chuva, deslizamentos, desbarrancamentos, acidentes graves, destruição de casas, lojas e carros. E cadê as obras prefeitos? Dr. Wilson a culpa é do sistema político. Abrs. do José Júlio B. Q.

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