ACEFALIA, EMBRIAGUEZ, GASTANÇA E RETROCESSO.

O governo federal brasileiro está acéfalo. O presidente viajante Lula não governa, uma vez que seu tempo é todo tomado por viagens internacionais inoportunas, desnecessárias e infrutíferas. Daí que a acefalia na governança é fato.

Quando se faz a comparação do número de viagens em todo o mandato, Lula foi recordista entre os presidentes desde o fim do governo militar. E caminha - ou voa - para bater o próprio recorde. Até agora, Lula já foi para Estados Unidos, Argentina, Uruguai, China, Portugal, Espanha, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e Japão.

Mas não se avexe, que nada é para já, porque ele tem agendadas outras viagens previstas ainda este ano para França, Argentina novamente, Colômbia, Bélgica, São Tomé e Príncipe, África do Sul, Índia e de novo para os Estados Unidos. Também há a possibilidade de que ele vá ao Vaticano para visitar o papa Francisco.

Afinal, qual a necessidade disso tudo? O sujeito não fala nem o português corretamente e sai pelo mundo usando intérpretes para se fazer entender no pouco que tem para oferecer, pois não sabe o que acontece no Brasil, verdadeiramente, haja vista que não tem tempo para “administrar” ou “conhecer” os problemas do país. O sujeito só sabe viajar, blasfemar e prometer o que não pode cumprir.

Outra pergunta: o que pretende Lula com suas exageradas viagens internacionais, se enfrenta tantas dificuldades domésticas, como é o caso da aprovação de projetos de interesse do seu governo no Congresso - onde já restou evidente que não possui uma base sólida ou confiável?

A primeira resposta é a empáfia de Lula, sempre com ares de “todo-poderoso”, quando, na realidade, não passa de um bobo da Corte sustentado por um centrão político que cobra preço altíssimo por tudo que faz a seu pedido. A segunda é o desejo louco de Lula de colocar preferências ideológicas e partidárias acima de políticas de Estado. Ou seja, Lula é um arremedo de governante.

A embriaguez costumeira de Lula denota um estado de excitação e de descoordenação dos movimentos. O consumo exagerado de bebidas alcoólicas leva à sua perturbação psicológica intensa. Os episódios dantescos proporcionados por ele em suas manifestações públicas são a prova cabal de sua inaptidão para o cargo de presidente da República.   

Não venha a esquerda alegar que a embriaguez de Lula é “fake” ou coisa parecida. Não é. Por certo muitos se lembram de quando o ministro do STF, Gilmar Mendes, chamou aos berros Lula de “bêbado”. O incidente constrangedor ocorreu durante uma festa de aniversário da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). Segundo a coluna do jornalista Ilimar Franco, do Globo, Gilmar disse que Lula teria chegado embriagado em São Paulo para prestar solidariedade às vítimas do acidente da TAM em Congonhas ocorrido em 1996. A tragédia teve como saldo a morte de 99 pessoas.

Este foi um episódio dos muitos ocorridos que retratou escancaradamente a embriaguez de Lula, que quase sempre fala pelos cotovelos e não se envergonha do local ou do momento. A pouca diplomacia de Lula em relação às bebidas alcoólicas é a imagem de sua caricatura de bom “goleiro”. Lula nunca escondeu seu apreço por um copo de cerveja, uma dose de uísque, ou melhor ainda, uma talagada de cachaça. Ou seja, popularmente, Lula é um político “movido a álcool”.  

A gastança de Lula é como uma doença incurável. Ele gasta o que pode e o que não pode. Ele faz da gastança do dinheiro público uma arma a seu favor. Note-se que, em razão da sua frágil e apagada articulação política hoje, acrescida da sua admiração profunda por ditadores e do seu trabalho mesquinho de vingança contra Bolsonaro, Lula, em um movimento arriscado, liberou a quantia exorbitante de R$ 1,7 bilhão (a maior já liberada em um único dia durante seu mandato), como forma de garantir o apoio necessário para a votação da medida provisória dos ministérios.

Essa gastança do dinheiro do contribuinte deixa às claras a fragilidade de um modelo de governança dependente de medidas provisórias e da liberação de emendas para que o Executivo possa executar seu plano de governo. Mas pior do que o comportamento gastador e irresponsável de Lula é saber que o Congresso se vende facilmente por liberação de verbas e emendas. E não há nenhum constrangimento entre as duas partes, que se locupletam com facilidade à custa do suado dinheiro do povo. 

O rio de dinheiro para manter a reforma ministerial mostra a evidência de que a política brasileira tem sido conduzida por um jogo de interesses, uma troca vergonhosa de favores entre o Executivo e o Legislativo, conhecida como “toma lá, dá cá”. Porém, esse jogo medonho não tem partidos políticos específicos e é usado independentemente de quem esteja no comando, sobressaindo e largando na frente o Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula, que se mostrou ao longo dos mandatos da esquerda um raro talento para manipular as peças no tabuleiro, sempre utilizando dinheiro público e propinas para se perpetuar no poder.

A incontrolada gastança do governo Lula não tem limites. A viagem de três dias de Lula e sua comitiva à China em abril/2023 custou ao menos R$ 5,5 milhões aos cofres públicos. Não bastasse tal tremendo absurdo, esse valor astronômico pulou para R$ 6,6 milhões ao se considerar a viagem aos Emirados Árabes Unidos.

A imprensa informa que só de hospedagem, a comitiva brasileira torrou R$ 3,2 milhões. Para transportar os convidados de Lula, foram gastos R$ 1,3 milhão com o aluguel de carros. Para contratar os intérpretes, o governo federal pagou cerca de R$ 500 mil. Os gastos da viagem do presidente foram divulgados pelo site Poder360 e foram obtidos via Lei de Acesso à Informação. Os valores não incluem o translado aéreo. Os voos foram bancados pela Força Aérea Brasileira, ou seja, a conta foi paga pelo coitado do contribuinte brasileiro.

O retrocesso político interno e externo de Lula é sentido e projetado alhures. O que está por vir é assustador, haja vista os encontros dele com ditadores da pior espécie possível.

E o retrocesso caminha por trilhas confusas e escuras na “gestão” do petista Lula da Silva. Observe-se que ele e seu ministro da Fazenda falaram em moeda única no Mercosul durante aquela estrambólica reunião em Brasília, que foi um fiasco total,  na qual trouxeram o ditador Nicolás Maduro para tentar empurrar goela abaixo a ditadura venezuelana nos outros presidentes.

O indigesto retrocesso de querer enaltecer o ditador Maduro não agradou ninguém. Aliás, nem os esquerdistas aceitaram, como foi o caso do Boric, do Chile, que criticou em alto e bom som o governo do ditador da Venezuela.

O dramático retrocesso do (des)governo Lula vai mais longe, especialmente quando o petista fala de novo em moeda única no continente que não seja o dólar. Ou seja, ele quer ser o grande herói que vai derrubar o dólar. Sabe quando? Nunca. Ele não sabe fazer conta, não conhece nada de matemática ou aritmética. A disparidade entre o dólar e o peso é gigantesca. A moeda brasileira, o real, tem muito maior proximidade com o dólar e nem por isso pode competir. Isso de moeda única é irracional. Isso é andar na contramão da economia contemporânea. O risco é grande e viola garantias empresariais e sociais dos brasileiros.

Outro retrocesso descomunal é comprometer financeiramente o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que é uma instituição para desenvolvimento econômico social nacional, da nação brasileira, que usa fundos brasileiros, dinheiro dos brasileiros. Ora, o BNDES não é caixa beneficente de países falidos, que têm regimes que quebram a economia e o mercado.  Ademais, os planos maquiavélicos de Lula, além de risíveis, ignoram consulta ao Congresso e colocam os brasileiros em segundo plano, “mirando” de maneira doentia favorecimentos a países “mui amigos” e de regimes ditatoriais.  

O retrocesso desagua na conclusão de que em cinco meses de mandato, Lula parece mais preocupado em agredir, ofender e se vingar, olhando para o passado, em vez de focar na ajuda aos pobres brasileiros e tentar governar olhando para o futuro.

O derradeiro retrocesso, por enquanto, ao meu sentir foi a indicação de seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, para a vaga no STF, quebrando o princípio da impessoalidade, numa ação que parece buscar garantir fidelidade em detrimento de justiça. Lula quer representatividade no Judiciário, e Zanin será uma peça fundamental para suas jogadas futuras. Isso, se Zanin se dispuser a essa humilhação pública.

De sorte que o impedimento de Zanin será evidente em relação aos processos em que ele participou. Esse quesito precisa ficar muito claro, pois a Justiça não pode tolerar mais essa pernada na Constituição da República e no Código de Processo Civil. Zanin, chegando ao STF, não poderá atuar em favor de Lula, porque já o fez como advogado. Este é o impedimento legal.

Enfim, data venia, o advogado Zanin, do alto da sua capacidade jurídica e intelectual, notório saber jurídico e reputação ilibada, que deverão ser avaliados pelo Senado, não pode se esquecer da ética. Não atuar no STF, enquanto ministro, nos processos de Lula ou nos processos de outros para quem tenha advogado é uma questão de ética e integridade. Caso atue, estará violando o princípio da impessoalidade e comprometendo a legitimidade do tribunal perante a sociedade, mesmo porque o STF, embora não pareça, está sujeito ao escrutínio público e aos limites da Carta Magna.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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Comentários

  1. Dr. Wilson Campos - advogado - eu gostei dos 4 nomes - acefalia, embriaguez, gastança e retrocesso - e cada um com uma história e definição certa porque é isso mesmo que acontece hoje no Brasil e até a grande imprensa esquerdista já está mudando de lado porque está vendo o carro desgovernado morro abaixo com Lula na direção. Gostei muito e vou compartilhar, posso? Abraços do prof. Vantuil Modesto.

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  2. Joelma Franco D.S. Albuquerque6 de junho de 2023 às 16:22

    O pior de todos os problemas é dar nosso suado dinheirinho para Argentina, Venezuela, Cuba, etc. Meu Deus nós não temos nem para nós e nossos pobres e vamos dar dinheiro para esses países??? Eles levaram nos outros governos desgovernados de Lula e não pagaram. Deram o calote no Brasil. Deram calote no BNDES. Deram calote no povo brasileiro. Pelo amor de Deus alguém precisa parar isso porque esse doido do L é perigoso para nossa economia e vai quebrar nosso país. Cadê o Congresso, está de joelhos ou com os bolsos cheios? Cadê nossos representantes do Poder Legislativo e cadê os juízes da Corte Suprema??? Dr. Wilson, cadê eles em quem votamos??? Att: Joelma Albuquerque.

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  3. José Fernando H. Pinheiro de O.6 de junho de 2023 às 17:10

    Meu prezado advogado eu destaco essa parte do seu texto embora eu concordo com tudo dito porque é a verdade nua e crua de hoje. Eu destaco essa parte para que as coisas mudem......"O retrocesso desagua na conclusão de que em cinco meses de mandato, Lula parece mais preocupado em agredir, ofender e se vingar, olhando para o passado, em vez de focar na ajuda aos pobres brasileiros e tentar governar olhando para o futuro". .... Dr. Wilson estamos juntos nessa luta pelo Brasil mas eu espero que o presidente já que está no poder e no governo que mude sua forma de agir e trabalhe pelo nosso país e pelo nosso povo. Parabéns doutor. José Fernando.

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  4. Excelente!!!!! Parabéns!!!! Concordo 1.000% dr Wilson Campos. Att: Reinaldo Tavira. BH e SP.

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  5. Lula não merece falar em nome do Brasil, porque ele é mais venezuelano e argentino do que brasileiro. Vergonha esse cara. Vergonha total. Vergonha e constrangimento para a família brasileira. Dr Wilson meus sinceros parabéns. Abr. Maria HSA.

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