GOVERNO DO PT QUER A SOCIEDADE DESARMADA, CALADA E SUBMISSA.

 

De 2019 a 2022, o governo Bolsonaro se mostrou preocupado com a segurança da população e tratou de implementar decretos que flexibilizaram o uso e a compra de armas  de fogo no país. No entanto, essa medida não partiu de ato pessoal ou unilateral do ex-presidente, que se baseou no Referendo de 2005, ocasião em que o povo decidiu pelo direito às armas e pela legítima defesa.

O Referendo se tratou de consulta à população brasileira realizada no dia 23 de outubro de 2005. Essa consulta decidiria se o comércio de armas de fogo e munição deveria ser proibido ou não no Brasil. Naquela data - um domingo -, 92.442.310 eleitores foram às urnas, e, deste total, 59.109.265 (63,94%) optaram pelo NÃO, enquanto a opção SIM foi a preferência de 33.333.045 (36,06%). A maioria decidiu pela não proibição. Ou seja, a maioria votou a favor da comercialização de armas e munições.

O artigo 35 foi excluído do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003), que dizia o seguinte: “Art. 35 - É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei”. Com isso, restou induvidosa a preferência da maioria dos brasileiros, e o uso de armas para defesa foi consagrado pela sociedade.

Respeitando a participação efetiva e não simbólica do Legislativo, o ex-presidente Bolsonaro procedeu dentro da legalidade e a realização do Referendo das Armas foi admitida pelo Senado Federal em 7 de julho de 2005 pelo Decreto Legislativo n° 780. No artigo 2º deste decreto, ficara estipulado que a consulta popular seria feita com a seguinte pergunta: O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”.

Como já mencionado, a maioria dos eleitores da maioria dos Estados votou contra a proibição e a favor do uso de armas. O Referendo, a maior consulta popular informatizada do mundo, funcionou como uma eleição normal. Os cidadãos votaram em suas respectivas seções eleitorais por meio de urnas eletrônicas. Em Minas Gerais, por exemplo, a opção “não” foi maioria - 6.155.748 (61,28%) de eleitores, contra 3.889.398 (38,72%) de eleitores que votaram no “sim”. A maioria dos mineiros, assim como em vários outros Estados, votou contra a proibição do comércio de armas.

Daí não se justificar a ingerência tardia do PT e de seus aliados querendo mudar agora a regra do jogo. A população brasileira decidiu e isso deve ser respeitado. O governo Lula, que tanto fala em “democracia”, poderia realizar novo Referendo e perguntar aos brasileiros a sua preferência, a sua escolha, a sua vontade. Com certeza, a resposta da sociedade seria contra a proibição e contra o fechamento dos clubes de tiro. Realize o Referendo, governo Lula!  

O governo do PT está tentando, escancaradamente, obstar o exercício da política popular e cercear os direitos à manifestação pública, à liberdade, à crítica e à oposição natural no regime democrático. O atual governo tem medo das redes sociais, não suporta ideias contrárias às suas e ameaça com perseguições e vinganças. As censuras à expressão, à opinião, às armas, ao ensino de qualidade em escolas cívico-militares e aos princípios constitucionais básicos estão se tornando o remédio diário da esquerda e o veneno da sociedade organizada. Em sã consciência, o brasileiro não suporta ser calado e subjugado.

Enquanto o governo Lula esbraveja contra tudo que o contraria, o povo segue entregue à própria sorte, principalmente no quesito segurança pública, uma vez que a criminalidade vem crescendo assustadoramente, muito em razão de estarem os bandidos armados e os cidadãos desarmados e indefesos. O Estado brasileiro não dá a proteção que as famílias e os pagadores de impostos merecem e desejam.

Nos Estados Unidos, a Constituição prevê a posse de armas para impossibilitar ameaça e opressão por parte do Estado. Na Europa, as notícias dão conta da existência de múltiplos locais de tiro. Nos países democráticos, a liberdade de escolha da população se firma nos termos dos costumes e das leis vigentes, não se permitindo a retirada de direitos assegurados nas respectivas Constituições. Em países mais liberais, o hobby das armas é livre e não é permitido oprimir o indivíduo ou retirar a fórceps o seu direito à liberdade e à defesa. Portanto, no Brasil não pode ser diferente e cabe ao indivíduo saber se o direito a se armar é um fator importante para si próprio ou não.    

Porém, por incrível que pareça, o governo do PT se mete em questões que não lhe competem. Recentemente, Lula resolveu meter o bedelho onde não foi chamado. Quer estabelecer penas similares às de crime hediondo para quem xingar ou agredir autoridade. Ora, isso não é papel do Executivo, mas do Legislativo e, ademais, se trata de questão pessoal ou, no máximo, questão para se resolver nos tribunais entre o ofensor e o ofendido. A intromissão do governo acaba criando uma preferência inusitada, desleal e antidemocrática, em que a autoridade é intocável e muito mais importante que o cidadão.

Não bastassem todas essas situações grotescas criadas pelo governo Lula, outras não menos absurdas rondam as pessoas do presidente e da primeira-dama, que gastaram há poucos dias a exorbitante quantia de R$728 mil em dois dias de estadia em hotel de alto luxo em Paris. Isso é o mesmo que dar um tapa na cara da sociedade. Aliás, em vez de reforma tributária capenga e cheia de sacrifícios para os municípios brasileiros, esse governo gastador deveria fazer uma reforma moral nos seus quadros, urgentemente.  

O governo Lula precisa entender de uma vez por todas que o cidadão comum (o povo) é a origem do poder definitivo. Lado outro, as autoridades têm apenas poder transitório, e mesmo assim porque lhe foi conferido pelo cidadão. Daí a imperiosa compreensão legal e constitucional de que a opinião e a crítica do cidadão devem ser livres em todos os momentos e em relação a todas as instituições, sejam do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário. Ora, democracia é isso. E não se pode permitir outro raciocínio, sob pena de se estar colocando o Estado contra o povo, o Estado contra a nação, o Estado contra a cidadania.  

Todavia, cabe ao povo aceitar ou não a retirada dos seus direitos, sejam eles fundamentais – educação, saúde, trabalho, segurança -, ou indispensáveis - democracia, liberdade, dignidade, igualdade, respeito, entre muitos outros.

De sorte que, a permanecer ou continuar a censura, o autoritarismo, a injustiça e a opressão, os responsáveis somos todos nós, eleitores, que aceitamos essa degradação humana e moral, posto que o voto e a escolha são prerrogativas do povo, especialmente quando está diante da urna de votação. Quem votou no PT elegeu pessoas que querem a sociedade desarmada, calada e submissa. Quem vota errado, vota contra si mesmo.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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Comentários

  1. Dr. Wilson Campos o governo do PT quer a sociedade desarmada, calada e submissa, mas não vai ter isso nunca, não no nosso Brasil imenso, rico e poderoso, graças ao trabalho do povo honesto e ordeiro que é o contrário da petezada desonesta e preguiçosa. Gostei muito do artigo e dos demais artigos e dou parabéns ao senhor. Abr. Luiz C.D. Pinheiro.

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  2. Vera Lúcia G. F. Romão27 de julho de 2023 às 16:38

    Eu só sei que a coisa tá feia e que a opressão está forte e o povo precisa dizer NÃO agora ou depois vai ser tarde porque os generais melancias já jogaram a toalha em troca de migalhas e ainda o PT quer trazer um general ditador da Venezuela para discutir política de segurança de fronteira. Tem base isso? Cadê os militares verdadeiros e sãos do nosso Brasil que ainda não foram contaminados pelo veneno da esquerda? Vamos sofrer se não reagir logo contra essa situação de ditadura iniciante. Mas... Valeu dr. Wilson pelo artigo e pela opinião sempre equilibrada do senhor. Muito bom!!! Vera Lúcia G.F. Romão.

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  3. A única coisa que o PT faz bem é ser hipócrita. Esse PT medíocre fala em socialismo, comunismo, mas vive enfiado na mordomia do capitalismo e basta ver o que faz esse presidente mentiroso que está aí petezando e falando pelos cotovelos mundo afora - ele gosta de relógio caro, roupas caras, hotéis de luxo em Paris, carros de luxo para sua comitiva como se fosse um rei ou um faraó, etc. O sujeito hipócrita fala mal do capitalismo e só vive com o farto dinheiro do capitalismo. Dizem que os ricos e a burguesia fede, mas vestem roupas de grife e frequentam restaurantes comandados por chefs famosos com pratos de 1 mil reais,ou seja meu povo, essa esquerda é hipócrita. Dr. Wilson Campos eu assino embaixo do seu artigo e endosso totalmente sua fala e seu entendimento. Dalmo J.S.Cunha.

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  4. Na minha terra quem tem uma arma usa para defender sua família e seu chão. Em Brasília os caras andam com seguranças e os ministros do STF tem vários seguranças para cada ministro ou ministra e depois vem falar que não pode ter arma. Por acaso os seguranças deles andam armados ou desarmados??? Hein? Que hipocrisia é essa se os bandidos estão armados até os dentes pelas ruas, morros, praias, festas, invasões, reuniões petistas, de dia e de noite, etc.???
    Só o povo trabalhador e chefe de família tem de andar desarmado e ser humilhado, roubado, estuprado, agredido e cuspido por bandidos canalhas protegidos por esses canalhas da esquerda??? Eu digo NÃO a isso. Eu digo SIM ao uso de arma para defender minha pessoa, minha família e minha propriedade. Ponto final. Parabéns advogado doutor Wilson Campos pelo excelente e patriota texto que acabei de ler com louvor. Atenciosamente - Fausto Luna
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  5. Ana Júlia P. D. Guerra2 de agosto de 2023 às 13:32

    Engraçado é que eu li o artigo todo e li os comentários e não consigo discordar de nada. Isso significa que as pessoa de bem querem o mesmo para si porque não adianta pregar o desarmamento e andar de carro blindado, ter segurança do lado, ir aos lugares com proteção particular, e por aí vai. Realmente é hipocrisia essa gente que se chama autoridade falar de desarmamento quando anda com pencas de seguranças do lado armados e com cara de bulldog. Essa gente é muito hipócrita tentar enganar assim o povo brasileiro. Excelente o artigo e excelente a defesa do que foi falado e do que foi dito sobre ... - quem vota errado vota contra si mesmo. Faz o L povo da esquerda aí e depois arrepende quando ver mais e mais bandidos tomando conta da cidade toda porque a polícia não pode nem prender mais e se prender responde inquérito militar e processo e ainda tem de aguentar juiz dizer que polícia é polícia e investigador é investigador e que bandido cruel tem direitos. É mole?. Hipocrisia de política podre do Brasil e de países de ditaduras de esquerda.Falei e honro o que falo em nome dos meus filhos e família. Att: Ana Júlia P.D.Guerra.

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