O QUE ESPERAMOS DOS ELEITOS.
Que a educação
infantil no país tenha a tutela integral do poder público, de forma que a matrícula
das crianças de até cinco anos na pré-escola seja de responsabilidade dos governantes
e a educação na primeira infância não tenha mais que conviver com a triste estatística
de que 70% dessas crianças brasileiras estão fora da escola.
Que as crianças sejam
educadas em escolas capazes de levá-las às melhores universidades, sem que para
isso sejam necessários favores ou cotas sociais e raciais.
Que os adolescentes
tenham orientação e formação técnica suficientes para que os estudos, o estágio
e a meta de uma profissão rentável sejam garantias de um futuro melhor.
Que os adultos, após
a graduação obtenham viabilidade menos onerosa e burocrática para a continuação dos estudos, por meio do mestrado e do
doutorado, ampliando a evolução intelectual dos profissionais para a área do
ensino, do empreendedorismo e da pesquisa científica.
Que os idosos, da
terceira ou da melhor idade recebam as recompensas pelos excelentes trabalhos
prestados, incluídas a aposentadoria digna e a assistência médica adequada.
Que os cidadãos sejam
tratados com respeito e dignidade, na estrita obediência de que todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.
Que o meio ambiente,
ecologicamente equilibrado, seja protegido e preservado, como bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida.
Que a administração
pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedeça aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Que os fundamentos da
soberania, da cidadania, da dignidade da pessoa humana, dos valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa, e do pluralismo político, constituídos no
Estado Democrático de Direito, guardem na formação da República o lema de que o
poder emana do povo e em seu nome será exercido.
Que os governantes
tenham a humildade necessária ao agente público, para escutar a coletividade,
quer seja para construir uma sociedade livre, justa e solidária, para garantir
o desenvolvimento nacional, para erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais, ou para promover o bem de todos,
sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Que os Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário sejam independentes e harmônicos entre si, trabalhando
para o povo, respectivamente administrando, prestando serviços e executando
políticas públicas, elaborando leis, colocando as leis em prática e solucionando
conflitos.
Que os recursos da
União, dos Estados e dos Municípios sejam priorizados para investimentos
nacionais na infraestrutura, na educação, na saúde, no transporte, na
segurança, na moradia, no lazer, na previdência social, na proteção à maternidade
e à infância, na assistência aos desamparados e na recuperação dos usuários de
drogas.
Que os maiores
investimentos públicos sejam direcionados para a educação (construção de
escolas, formação de professores e modernização de equipamentos e instalações),
para o transporte metropolitano (metrôs, monotrilhos, BRT’s e VLT’s), para a
saúde (construção de hospitais, com modernização, aparelhamento e estruturação
material e humana), para a previdência social (melhores providência e
subsistência aos trabalhadores e aos aposentados), para a infraestrutura
(estradas, transporte rodoviário e ferroviário, energia limpa, saneamento
básico, telecomunicações), para a segurança (aparelhamento e remuneração
adequada das polícias), e para o trabalho (geração de postos de empregos,
qualificação e justa remuneração).
Que seja dada ênfase
na produção agropecuária, destinada a restabelecer e aumentar a oferta de
alimentos, aliada a uma política que persevere no campo da preservação do
ambiente, notadamente para resguardar a fertilidade da terra, o descanso do
solo, o cultivo de bens saudáveis e a consequente redução do risco de doenças.
Que o país possa
crescer sem destruir a natureza, com paciência, planejamento e competência,
conservando as matas e as florestas, despoluindo os rios e protegendo os
animais, dando, com isso, uma lição nas grandes nações mundiais que destruíram
suas reservas florestais.
Que se efetivem as
soluções para as questões ligadas às legislações tributária, trabalhista,
ambiental, penal e política, que têm, sobremaneira, impactado a gestão das
empresas e prejudicado a boa convivência social dos próprios cidadãos.
Que a gestão dos
recursos hídricos seja substituída por modelos menos tecnocratas e
utilitaristas, entendendo de uma vez por todas que a água é um recurso natural
de valor inestimável e, mais que um insumo indispensável à produção e um
recurso estratégico para o desenvolvimento econômico, ela é vital para a
manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e químicos, que mantêm em
equilíbrio os ecossistemas, representando, ainda, um bem substancial imprescindível
para a continuidade existencial dos seres vivos.
Que a corrupção, a
improbidade, o peculato, a concussão, a prevaricação, a fraude, o tráfico de
influência e quaisquer desvios funcionais públicos não sejam tolerados e, nos
termos da lei, recebam total e severa punição.
Que a reciclagem e a
coleta seletiva de lixo sejam difundidas e levadas a efeito, gradativa e
urgentemente, contribuindo para a melhoria do meio ambiente, na medida em que
diminui a exploração de recursos naturais, reduz o consumo de energia, diminui
a poluição do solo, da água e do ar, prolonga a vida útil dos aterros
sanitários, possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo,
diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas
indústrias, reduz o desperdício, diminui os gastos com a limpeza urbana e gera
emprego e renda pela comercialização dos recicláveis.
Que as promessas de
campanhas sejam cumpridas e os planos de governos realizados, priorizando os
direitos sociais consagrados na Constituição, e que as administrações públicas demonstrem com ações concretas as atitudes tomadas em favor do povo e na defesa da
sociedade.
Wilson Campos
(Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses
Coletivos da Sociedade, da OAB/MG).
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