BOLSONARO VENCE DEBATE NA BAND EM 16 DE OUTUBRO.

 

Na noite desse domingo (16 de outubro de 2022) aconteceu o debate da Band entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro. E o que se viu foi um massacre olímpico, uma demonstração de calma e uma grande capacidade de esperar o momento certo para responder por parte de Bolsonaro, que jogou nas cordas o seu adversário e o deixou tonto e confuso nas suas colocações.

O primeiro debate do segundo turno da eleição para presidente foi bem mais instigante e despertou o interesse do eleitor, que fez comparações e expressou sua preferência pelo candidato Bolsonaro, que foi surpreendente em vários aspectos. O formato mais flexível do debate permitiu sobressair as diferenças entre os dois presidenciáveis, fato que poderá influenciar aquele eleitor que ainda está ou estava indeciso. 

No primeiro bloco do debate o candidato da esquerda partiu para o ataque, enquanto o candidato da direita mantinha uma tranquilidade impressionante. O bate-boca evitado por Bolsonaro desconcentrou Lula, que ficava à espera de uma reação, mas esta só veio depois de alguns minutos perdidos pelo petista, e aproveitados no arremate de cada bloco pelo atual presidente. A estratégia de Bolsonaro deixou Lula perdido e tropeçando nas próprias palavras.

A mudança nas regras do debate, acertada de comum acordo entre os representantes dos candidatos e a produção do programa, por certo levou o eleitor a se inteirar mais a respeito das propostas de Lula e Bolsonaro. Mas o mais interessante é que Lula não soube administrar o seu tempo e deixou espaços valiosos para Bolsonaro falar por mais de cinco minutos seguidos, sem interrupção. Ganhou mais uma vez a estratégia de Bolsonaro.

Lula parecia muito agitado, bebendo água sem parar e esfregando as mãos com insistência irritante. Bolsonaro estava firme, semblante calmo e espírito de debatedor experiente. De um lado, o candidato petista, bom orador, mas péssimo nas respostas e pior ainda na arrogância e na sua conhecida autoexaltação; e de outro, o candidato à reeleição, rápido nas perguntas, seguro nas afirmativas e nem um pouco arrogante, o que também costuma render alguns votos.

Embora Lula tenha batido muito na tecla da pandemia, sem fatos novos e sem maiores surpresas para os eleitores, o que se percebeu foi um candidato desesperado, pouco informado, sem propostas, sem nomes técnicos para sua equipe e despreparado para o cargo de presidente da República.  E Bolsonaro nadou de braçadas nessa praia, especialmente enaltecendo o êxito da economia no seu governo, a redução nos preços dos combustíveis, a excelente produção agrícola, o enorme sucesso do agronegócio, os investimentos internos com crescimento e desenvolvimento apesar da pandemia e da guerra entre Rússia e Ucrânia, e tudo isso mantendo a estratégia inicial de muita calma, serenidade e seriedade.

A oratória de Lula restou fraca e se perdeu no tempo e no espaço. Bolsonaro se deu bem e continuou regrando seu tempo para massacrar o oponente nos minutos finais de cada bloco. O método deu muito certo e Bolsonaro arrasou com Lula, que cada vez mais se via jogado nas cordas, quase a nocaute. O amadorismo do petista o levou a pedir vários “direitos de respostas”, mas a justificativa para estes pedidos não se mostrava razoável, e a decepção da torcida da esquerda crescia a cada gole de água e esfregar nervoso de mãos do seu candidato.

Em determinado momento, com maestria e calma imperial, o presidente Bolsonaro jogou na cara de Lula que ele só está na disputa da eleição presidencial pelo fato de ter sido beneficiado por Fachin, ministro do STF, que o livrou da cadeia e também fez campanha para Dilma, adotando com isso um lado e um partido político de esquerda para chamar de seu.  

Por vezes, Bolsonaro deixou Lula falar à vontade, no máximo respondendo com pequenos apartes e sugerindo a ele que consultasse no Google as verdades, que jogavam por terra as alegações improváveis do petista sobre o desmatamento da Amazônia, o clima e o meio ambiente. Da mesma forma, Bolsonaro permitiu que Lula se embriagasse com suas fantasias e vaidades pessoais, que lhe custaram preciosos minutos de excessivo pavonismo. Enquanto Lula se vangloriava das fanfarronices do tempo em que ele era presidente, Bolsonaro corria por fora, controlando bem seu tempo e até pedindo a Lula para ficar ali perto dele para escutar a resposta, e chegou a dar um tapinha no ombro do candidato do PT, como que lembrando a ele a necessidade de mais humildade e menos petulância.

A cada bloco e perguntas de jornalistas e do seu adversário, o candidato petista ficava mais irritado, e parecia sentir nas costas o peso da sua própria incompetência e da falta de conhecimentos gerais. Já o candidato à reeleição antecipou o tema da última “fake news” contra ele e leu uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre as mentiras do caso das meninas venezuelanas, cuja sentença determinou que fossem apagadas as tais mensagens e removidos os vídeos, que representavam tão somente o baixo nível da campanha do candidato petista.

Bolsonaro disse com extrema clareza o que deseja para o Brasil, como respeita a família e a religião, e como enxerga os próximos quatro anos com ele e equipe no comando do governo e das pastas ministeriais. Lula, sem argumentos palpáveis ou minimamente responsáveis, apelou mais uma vez para a cervejinha e o churrasquinho que iria possibilitar ao seu eleitor caso fosse eleito. 

A transposição do Rio São Francisco também foi pauta de discussão entre os candidatos. Lula disse que foi ele que começou a obra e fez parte dela. Bolsonaro retrucou e disse que apenas o mínimo foi feito por Lula e Dilma, que, por sua vez, deixou a obra parada como já estava há anos. O que os dois gestores do PT fizeram de obra virou valas, buracos e dinheiro jogado fora. Milhões jogados ao vento numa obra não terminada pelos péssimos governos petistas de Lula e Dilma. Quem executou e realizou a obra foi Bolsonaro e sua equipe de governo, levando água para quem precisa.  

As falácias de Lula em relação a obras, feitos e leis votadas a favor do povo, não convenceram ninguém e nem mesmo seus correligionários do PT que assistiam ao debate. Na época em que foi presidente, nos dois mandatos, Lula só fez prestigiar governos de países amigos e vizinhos. Em vez de usar o dinheiro brasileiro em prol dos brasileiros, o candidato da esquerda despejou bilhões e bilhões de reais do dinheiro público, via BNDES, na Venezuela, em Cuba e em países da África. Ou seja, o Brasil enfrentando seríssimos problemas sociais e o PT destinando recursos públicos para países dirigidos por ditadores. Sobre este assunto, Bolsonaro soube aproveitar o tema e os minutos, e Lula não soube responder ou explicar como torrou dessa forma os bilhões e ainda por cima assistindo o BNDES tomar calotes dos países parceiros do petismo.

Bolsonaro fez questão de refrescar a memória dos eleitores citando casos da máxima corrupção da época petista. Lula só rebatia com as mesmas desculpas esfarrapadas ou nem respondia e fugia do tema, dizendo que fará o povo feliz de novo. Mas a vantagem de Bolsonaro só crescia a cada bloco, com certeza incomodando muito os esquerdistas de plantão e os defensores do lulopetismo. O massacre foi ainda maior quando Bolsonaro afirmou com segurança incontestável que Lula é amigo íntimo de Daniel Ortega, ditador da Nicarágua, que persegue imprensa, igrejas e religiosos. Lula sentiu o golpe, foi para seu canto, bebeu mais água e esfregou as mãos em gestos absolutamente descontrolados e nervosos.

O candidato do PT se anulou mais ainda quando resolveu dizer que sobe favela sem colete, ignorando o fato de que o povo brasileiro sabe muito bem que ninguém sobe o Complexo do Alemão sem autorização do Comando Vermelho, que certamente permitiu o petista subir o morro e usar um boné com a inscrição CPX, que causou inúmeras especulações sobre o significado da tal sigla. Essa atitude de Lula vai de encontro ao fato de que ele recebeu expressiva votação no primeiro turno da parte de prisioneiros e contou com o apoio do Comando Vermelho, do PCC e de mais de 90% dos criminosos. A verdade nua e crua é que Lula e o PT sempre foram a favor dos criminosos e votaram vergonhosamente contra leis mais rígidas, com isso contribuindo para uma impunidade cada vez maior.

No debate, a derrota não foi apenas de Lula, do PT e da esquerda, mas também dos jornalistas parciais da imprensa velha, dos banqueiros, dos artistas da MPB, dos tucanos do partido quase extinto e dos políticos metidos em aventuras radicais do petismo facilitador. Todos são perdedores e todos sabem o tamanho do seu oportunismo e da sua ganância. Não pensam no Brasil. Pensam unicamente em si mesmos.

Lula, já desesperado, tentou explorar a todo o tempo a gestão de Bolsonaro durante a pandemia, reclamando que o candidato não se comoveu e nem visitou os familiares dos mortos pelo coronavírus.  Porém, a insistência nesse tema provocou reações dos eleitores, já cansados do mesmo blá-blá-blá do petista. Bolsonaro reagiu com tranquilidade e disse que comprou milhões e milhões de doses de vacinas, e não visitou as pessoas por recomendação do protocolo sanitário, que não permitia visitas e pedia distanciamento.

A situação de Lula no debate foi de mal a pior, na medida em que o tempo passava. No terceiro bloco, quando os candidatos tiveram novamente liberdade para administrar seu tempo, Lula se perdeu completamente. Terminado seu tempo, Lula ficou parado, boquiaberto e assistindo Bolsonaro falar por mais de 5 minutos, uma vez que ele soube controlar melhor seu tempo de manifestação. Lula ouvindo e Bolsonaro falando. E o mais interessante é que Bolsonaro falou todo esse tempo, sem interrupção e sem perder a linha, como se estivesse discursando para uma plateia de admiradores, e com muita propriedade e colocação de frases bem pensadas, o candidato à reeleição pressionou Lula e o colocou mais uma vez a nocaute, notadamente quando tratou da defesa petista de ditaduras, do imenso histórico de corrupção, da absurda e incompetente gestão durante 14 anos de desgoverno, da falta de compromissos com os valores da família, da agressão à igreja e aos religiosos, dos ataques à liberdade de expressão e das ameaças se eleitor for. A partir daí o candidato Lula se perdeu de vez e pareceu estar entrando em um buraco fundo e escuro, sem retorno previsível.

Nas considerações finais, Bolsonaro manteve a seriedade e reafirmou com absoluta clareza o que deseja para o Brasil. O candidato se mostrou sereno, seguro, pragmático e transparente nas suas propostas. Disse ele que quer um país livre, sem drogas e sem criminalidade; sem invasão de terras; sem violação da liberdade de expressão; sem ideologia de gênero; sem legalização do aborto; e defendeu o respeito integral à iniciativa privada, ao homem do campo, às religiões, à pátria e à família. E arrematou dizendo que não quer o retrocesso, a insegurança e a corrupção.

Por sua vez, Lula insistiu numa suposta volta da cervejinha e do churrasquinho no final de semana. Argumentou que vai cuidar do povo e vai consertar o país. Chamou o candidato Bolsonaro de cara de pau e ditadorzinho, mas não explicou o motivo desses adjetivos impróprios para o momento da sua fala final, quando deveria aproveitar seu tempo e falar de propostas e do que deseja para o país. Lula perdeu de novo uma ótima chance para falar alguma coisa positiva, mas preferiu adentrar o lamaçal a que está acostumado.

Um detalhe que surpreendeu após o término do debate foi a presença do juiz e ex-ministro Sérgio Moro, que tinha desentendimentos com o presidente Bolsonaro, mas que deixou as diferenças de lado e estava ao seu lado em nome de uma união pelo Brasil e contra a corrupção. Bolsonaro e Moro reforçaram que estão juntos com a Lava Jato e contra Lula & companhia. A compreensão dos dois é no sentido de que não se pode deixar espaço para o comunismo ou extremismo petista. Para ambos, o que interessa, de fato, é o sucesso do Brasil.   

Em suma, independentemente das opiniões dos petistas e dos jornalistas da velha imprensa, Bolsonaro venceu o debate de ponta a ponta, com muita serenidade e pressionando o candidato do PT no momento certo, que se perdeu e não falou coisa com coisa, além de se apresentar nervoso, inseguro, desinformado, incapaz de se defender das acusações e somente se baseando em números inventados e realizações inexistentes. Lula perdeu o debate. Bolsonaro ganhou o debate e ainda conquistou votos de eleitores indecisos.   

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021). 

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Comentários

  1. Que beleza de narrativa dr. Wilson. Excelente, é como se eu estivesse vendo o debate de novo e com mais calma e tempo para avaliar meu voto, que continua sendo de Jair M. Bolsonaro, claro e evidente, e será assim no dia 30. Parabéns mestre adv. At: Sérgio Vieira

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  2. Mariângela F. Louzada de O. P.19 de outubro de 2022 às 13:45

    Eu assisti e dei vitória a Bolsonaro do início ao fim. O Lula perdeu feio e ainda ficou super nervoso com as perguntas sobre corrupção, dinheiro para Cuba e Venezuela, amizade com Ortega, aborto, drogas, crime organizado, bolsa família, ministérios, e muitos mais assuntos que ele fugiu e não respondeu. Lula fraco e perdido, falando nomes e números absurdos e que nem existem. Está acabado e não tem condição nenhuma para governar nada. Está fora e se vencer será por mágica ou malabarismo. Bolsonaro 22 em 30/10 e seguimos com a família e com a pátria em nome Deus. Muito bom o artigo dr. Wilson Campos e parabéns. Ass: Mariângela Louzada.

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  3. O petista Lula disse no debate que construiu uma ponte ligando Minas a Mato Grosso? O cabra teve a coragem de dizer que vai dar picanha, churrasco e cervejinha para o povo? Com que dinheiro, com o dele ou com o do PT do mensalão e do petrolão? O sujeito do PT Lula falou ainda que vai criar ministérios a torto e a direito mas não disse como bancar tantos ministérios. O camarada teve a coragem de dizer que no tempo dele era só felicidade, mas não explicou como o SM era tão baixo que não dava para comprar picanha nem cerveja nem fazer churrasco. O Lula endoidou o cabeção. Bolsonaro reinou absoluto no debate e deitou e rolou no tempo de fala porque Lula perdeu o controle do seu tempo e teve de ficar mudo e só escutando verdades deBolsonaro. Meu prezado Dr. Wilson Campos adv, o seu artigo é ´primoroso e nota 10. Abração do Thiago Pereira.

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  4. Excelente retrospectiva do debate, Dr. Wilson! Parabéns!
    Vamos todos, unidos em oração, pedir a Deus que inspire os brasileiros na hora de votar. Para o bem de nossos filhos e netos, é importante que Bolsonaro seja vitorioso no próximo dia 30. Até lá, é importante que todos se mobilizem junto aos ainda indecisos para a escolha de Jair Messias Bolsonaro. A vitória será das famílias, da seriedade no trato da coisa pública, dos princípios que herdamos dos antepassados, enfim, será do nosso querido Brasil!

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