PREFEITURAS PEDEM SOCORRO.

 

Os prefeitos resolveram colocar a boca no trombone e reclamam que o Governo Federal e o Congresso Nacional estão prejudicando os municípios com suas decisões impensadas e intempestivas. Falta dinheiro para custeio e pessoal. As prefeituras brasileiras estão pedindo socorro.

Recursos e verbas públicas para os municípios brasileiros o governo Lula não tem, mas tem dinheiro para financiar eleições na Argentina (US$ 600 milhões ou R$ 3 bilhões) e para instalar o 38º ministério no toma lá dá cá com seus aliados do Centrão.    

As reclamações municipais pipocam de todos os cantos dos Estados, e as alegações, entre muitas, são de que as prefeituras estão sendo bastante afetadas com medidas como a elevação na faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) - que retira dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM)-, e os reajustes a categorias profissionais como os professores e os enfermeiros, o que faz aumentar as despesas de custeio e pessoal.

As prefeituras afirmam que vão fechar suas portas em protesto contra a situação crítica em que se encontram. A paralisação está acontecendo e vai em direção a todos os municípios brasileiros, uma vez que o caos é generalizado, seja no sul-sudeste ou no norte-nordeste. E os prefeitos estão falando em decretar ponto facultativo, mas sem interromper os serviços essenciais.

Em Minas Gerais, a adesão é grande por parte das pequenas e médias cidades, e a tendência é o movimento crescer, posto que as folhas de pagamentos estejam atrasadas e as demissões estão acontecendo. Sem dinheiro não tem como pagar pessoal. Mas parece que o Governo Federal e o Congresso não estão enxergando essa realidade e estão mudando regras sem consultar os municípios brasileiros.

As entidades representativas dos municípios estão divulgando manifesto nesta quarta-feira (30) pedindo que o governo Lula e o Congresso aprovem projetos de socorro às prefeituras brasileiras, que enfrentam severa crise financeira, chegando ao ponto de pararem tudo, especialmente por não terem mais como continuar a gestão municipal, que chegou a um nível em que “não há mais condições de governabilidade”, conforme afirmam as próprias Associações e a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Ainda segundo as entidades, gestores municipais de 16 Estados vão fazer uma mobilização ao longo do dia para que medidas efetivas sejam tomadas para auxiliar as prefeituras nas contas públicas.

As reclamações dos municípios são de que, a cada dia, Brasília cria novas atribuições sem a respectiva fonte para o custeio. No mínimo, os pedidos dos prefeitos são: “Aprovação de 1,5% no repasse de março, que representaria R$ 783,4 milhões; redução da alíquota patronal do INSS para 8% em municípios de até 156 mil habitantes; recomposição do ICMS com R$ 458,7 milhões; e atualização de programas federais defasados”.

Se os pedidos das cidades brasileiras forem acatados, a situação não estará ainda de todo resolvida, mas estará amenizado o atual cenário de “quebradeira” geral dos municípios. Porém, outras medidas de socorro deverão ser implementadas, pois é no município que a vida acontece, é na cidade que o povo vive. Ou Brasília acorda para o tamanho do problema ou o problema vai engolir a ordem natural das coisas e gerar o efeito cascata até atingir também todos os Estados da Federação.

No governo de Jair Bolsonaro, apenas 7% dos municípios enfrentaram déficit primário. No governo de Lula, 51% dos municípios estão em situação deficitária. Ou seja, trata-se de uma questão de má administração do atual governo. Os olhos do presidente da República precisam estar em todas as direções do território. Os Entes Federativos devem ser tratados de forma igual, independentemente do partido escolhido neste ou naquele município. A seriedade na governança da nação deve ser uma meta efetiva e não uma promessa vaga de campanha.

Uma notícia que assustou o país inteiro foi a de que a prefeitura de Carnaúba dos Dantas (RN) começou a semana com apenas R$ 7,95 de saldo na conta do fundo. Pergunta-se: o município vai sobreviver como? E vejam que isso não é narrativa ou fake news.  Isso é fato, é a realidade nua e crua, é o que as prefeituras do Rio Grande do Norte e de todo o Brasil vêm enfrentando com a queda do FPM. E uma nova pergunta: não é crível? Basta ligar e perguntar a qualquer prefeito das pequenas e médias cidades brasileiras.

Verdadeiramente, as dificuldades dos municípios são muitas e em diversos setores, e se estendem a áreas como saúde e infraestrutura, com obras paralisadas por falta de recursos. Segundo as entidades dos municípios, são mais de 200 programas federais com defasagens que chegam a 100%; crescimento de 21,2% das despesas de custeio; 1,1 bilhão de procedimentos ambulatoriais; e 4,3 milhões de procedimentos hospitalares represados durante a pandemia. Ou seja, a situação é dramática.

Assim, volto a dizer o que a mídia nacional também diz: “Recursos e verbas públicas para os municípios brasileiros o governo Lula não tem, mas tem dinheiro para financiar eleições na Argentina (US$ 600 milhões ou R$ 3 bilhões) e para instalar o 38º ministério no toma lá dá cá com seus aliados do Centrão”.

Faz-se necessário um debate amplo sobre o tratamento dispensado aos municípios, sobre a importância do federalismo e sobre um financiamento adequado para as prefeituras. A população brasileira conhece a penúria enfrentada pelos pequenos e médios municípios, embora os grandes também tenham suas dificuldades de custeio e pessoal. 

Portanto, o Governo Federal e o Congresso devem, urgentemente, agilizar medidas para garantir a prestação de serviços essenciais à população e proporcionar estabilidade às finanças municipais.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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Comentários

  1. A minha cidade está sem dinheiro para merenda escolar e para pagar fornecedores. Não tem dinheiro para tapar buracos nas ruas e não tem dinheiro para pagar funcionários, que estão devendo o comércio e lojas a torto e direito. Prefeituras quebradas Brasil inteiro. Na minha cidade o prefeito está de pires na mão e a coisa tá feia total. Dr. Wilson Campos (advogado) o seu artigo é excelente e vou compartilhar na minha turma e nos grupos de comerciantes da minha cidade. Abraços. Fábio Pereira.

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  2. Lourdes M. Caldas F.30 de agosto de 2023 às 15:29

    Eu sou professora municipal e estou esperando aumento do meu salário, mas até agora nada. O prefeito daqui diz que a escola precisa de reforma e não tem dinheiro, que a folha de pagamento está atrasada e disse que se o governo federal Lula não entregar o dinheiros dos municípios todo mundo vai cruzar os braços e fechar a prefeitura e ir para casa porque do jeito que está não dá mais. Será que o salário do prefeito e dos vereadores está atrasado? O MP poderia ver isso aí também para colocar tudo em pratos limpos, mas sou obrigada a reconhecer que a cidade está sem dinheiro e entregue às moscas e tem lixo pra tudo que é lado, e tem muito morador de rua no centro e até nos bairros. Deus nos acuda DR. Wilson. Deus nos acuda!!!" At: Lourdes Caldas.

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  3. Raymundo N.D. Guerra30 de agosto de 2023 às 15:37

    Tem uma cidade vizinha que não vou dizer o nome que a prefeitura não está pagando nem caminhão pipa de água para os moradores mais pobres. Eu vi na jovem pan e na cnn que tem prefeitura com zero em caixa para pagar contas normais do mes. Será verdade? Como vai ficar isso? O comércio da minha cidade está fechando aos poucos as lojas porque não aguenta mais vendar fiado para pessoal que trabalha nos órgãos municipais e tem salário com 3 mes de atraso. Tem placa de vende-se e aluga-se pra todo lado numa cidade de 20 mil habitantes. Isso nunca aconteceu aqui e no governo Bolsonaro tinha obra, tinha salário em dia, tinha dinheiro para saúde, educação, segurança, calçamento de rua, merenda escolar, salário em dia, etc. Agora não tem nada e dizem que o dinheiro está sendo emprestado pelo Lula para Argentina, Cuba, Venezuela, .... Cadê o povo brasileiro, cadê o povo? Dr. Wilson o que está acontecendo com nosso Brasil? Abr. Raymundo Nonato.

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  4. Faz o L prefeitos vermelhos. Faz o L pessoal esperto.
    GL.

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  5. Franco J. L. Silveira30 de agosto de 2023 às 16:49

    No Vale do Aço as cidades tem dinheiro,mas o prefeito de uma cidade perto e vizinha diz que muitas cidades mineira não tem nada no cofre e nem para pagar despesas comuns e nem para gasolina de caminhões e vans da área da saúde. Que vergonha PT. Que vergonha Lula. Que vergonha Pacheco e Lira. Que vergonha Brasil. Meu caro dr. Wilson o senhor está certo em dizer que dinheiro tem mas o governo Lula estão entregando em mãos erradas de amiguinhos da esquerda latina e caribenha. É isso mesmo que eu acho tb. Abr. Franco Júlio.

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