21 DE SETEMBRO - DIA DA ÁRVORE.

 

“Por certo que as árvores merecem respeito e reverência. Para se desenvolverem elas levam anos, enfrentando condições hostis e fortes intempéries e, nem por isso desistem. Seguem se desenvolvendo e fincando suas raízes no solo para se manterem firmes. Regeneram-se, incrivelmente, pois, em uma estação ficam secas e com o passar do tempo florescem, mostrando que viver é estar em constante transformação”.

 

O atual governo, que se diz defensor de pautas ambientais, não fez nenhuma comemoração especial no Dia da Árvore. O discurso do presidente Lula (PT) em agendas internacionais traz sempre alguma citação à preservação do meio ambiente, mas no Dia da Árvore ele está longe das florestas e faz turismo com Janja, gastando milhões fora do Brasil.

A viagem de Lula a Nova York para a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), que começou no dia 18 de setembro, já custou ao sofrido pagador de impostos mais de R$ 7,3 milhões. Foram pagos R$ 3,6 milhões apenas pela estadia do petista e sua comitiva no luxuosíssimo hotel Lotte New York Palace; R$ 1,24 milhão pelo aluguel de salas no hotel e outros R$ 2,51 milhões para aluguel de carrões para sua numerosa comitiva.

No Dia da Árvore, Lula torra o dinheiro do contribuinte em Nova York, numa viagem sem nenhum proveito para os brasileiros. Aliás, o proveito é dele, da Janja e dos acompanhantes do tour milionário, que desfrutam de hospedagens caríssimas e ostensivas à custa do coitado do pagador de impostos brasileiro.

A grande imprensa, tão preocupada na defesa do governo esquerdista, sempre metida com a política e a politicagem, pouco ou quase nada falou sobre a importância do Dia da Árvore, comemorado nesta quinta-feira, 21 de setembro.

Essa velha imprensa, que prega por aí a defesa da Amazônia e diz que as matas e florestas estão desprotegidas e entregues à exploração, e que a culpa é do governo anterior, é a mesma que no Dia da Árvore não plantou árvores e nem deu espaço para notícias de primeira página quanto à necessidade de se plantar mais árvores nas cidades. O calor cada vez mais intenso seria menor se existissem mais árvores nos grandes centros urbanos, mas isso a grande mídia não enxerga.   

Historicamente, cumpre observar que o Dia da Árvore foi criado pelo presidente Castelo Branco, que sancionou o Decreto nº 55.795, de 24 de fevereiro de 1965, instituindo assim em todo território nacional a Festa Anual das Árvores, e a data comemorativa foi escolhida por anteceder o início da primavera no hemisfério sul, que geralmente acontece entre os dias 22 e 23 de setembro.

Aos amigos da natureza, da ecologia e do meio ambiente equilibrado, vale a nota no sentido de que as árvores significam sombras, proteção, frutos e beleza, seja no verão, no inverno, no outono ou na primavera. Quer mais? Plante uma árvore e você verá o que é, verdadeiramente, cuidar do amanhã.

Alguns ambientalistas, bem-intencionados e sem filosofia político-partidária barata, não se cansam de fazer apelos em prol da proteção das áreas de mata atlântica, dos espaços vegetados, dos corredores ecológicos, das matas e das florestas, independentemente do seu tamanho. O que vale é a preservação ambiental como legado para as gerações futuras.

Os benefícios das árvores são imensos. Elas filtram o ar eliminando poeira e outras partículas; absorvem o dióxido de carbono, gás responsável pelo efeito estufa, e outros poluentes atmosféricos como o dióxido de enxofre, o ozônio e o monóxido de carbono; e proporcionam harmonia e calma em nosso corpo, reduzindo o estresse da vida moderna e absurdamente acelerada.

Por certo que as árvores merecem respeito e reverência. Para se desenvolverem elas levam anos, enfrentando condições hostis e fortes intempéries e, nem por isso desistem. Seguem se desenvolvendo e fincando suas raízes no solo para se manterem firmes. Regeneram-se, incrivelmente, pois, em uma estação ficam secas e com o passar do tempo florescem, mostrando que viver é estar em constante transformação.

Se você é daqueles que não gostam nem se interessam pela natureza, tudo bem, mas não destrua aquilo que você não é capaz de construir. Plantar uma árvore é um ato de cidadania. Portanto, plante uma árvore e exija que o poder público replante tantas árvores quantas forem cortadas ou dizimadas em nome do avanço do progresso das cidades. Aliás, gestor público que se preze não contabiliza as árvores que mandou derrubar, mas as que mandou plantar e replantar nos canteiros centrais, nos parques, nas praças e nos mais diversos espaços públicos urbanos que demandam por beleza, ar puro, sombra e tranquilidade para o lazer.

Se o Brasil tem pouco a comemorar no Dia da Árvore, imagina você os ditos países do Primeiro Mundo, que não têm nada a comemorar, uma vez que sempre trataram o meio ambiente com indiferença e acabaram com suas matas e florestas, e relegaram a questão ambiental a terceiro ou quarto plano. Basta rever históricos passados mundiais.

A rigor, o Brasil não deve satisfação a nenhum outro país e muito menos aos “estrangeiristas”, que querem dar lição de moral e bancar de bons moços depois que exterminaram quase a totalidade das suas reservas ambientais sem mover uma palha na defesa de suas matas e florestas territoriais.  

Nós, brasileiros, podemos, sim, melhorar nossa imagem na preservação de matas, florestas, áreas verdes, corredores ecológicos, fauna, flora e recursos hídricos. Tudo isso é uma questão de educação ambiental, que deve nascer nos bancos escolares, passar pela orientação das famílias e terminar nos incentivos e ações dos governos.

Façamos o nosso dever de casa e poderemos ficar tranquilos com o sucesso de futuras comemorações no Dia da Árvore. Mas temos que começar agora, com a colaboração de todos, posto que a população quando quer, consegue e faz bem feito.

Ao meu sentir, o grande significado do Dia da Árvore é promover a preservação dela e do meio ambiente como um todo, com atitudes que tragam benefícios à natureza e à vida humana, haja vista os graves riscos de questões como o aumento gradativo da poluição e o aquecimento global, devidos ao desmatamento irresponsável, não apenas no Brasil, mas no mundo.

Falar de meio ambiente para uma sociedade informatizada, on-line, e plugada o tempo todo nos celulares e nas redes sociais, não é tarefa fácil. Ainda assim, para aqueles que acham o assunto “pedante” e coisa de “ecochato” ou “biodesagradável”, serve a lição dos livros e a história contada pelos simples agricultores familiares, de que os benefícios que as árvores nos trazem são incontáveis, desde a sombra que refresca nos dias quentes, o oxigênio que respiramos, até as frutas que nos servem de alimento. E os sábios ensinam que as árvores nos entregam tudo isso, sem pedir nada em troca. Daí a nossa obrigação moral de cuidar delas e plantá-las e replantá-las, sempre que possível.

Enfim, como dito e exemplificado logo acima, os benefícios das árvores são imensos. Portanto, façamos nossa parte, pois o que vale é a preservação ambiental como legado para cidadanias vindouras. Agindo assim, não apenas no Dia da Árvore, mas todos os dias, estaremos dando cumprimento aos mandamentos do art. 225 da Constituição, que impõe ao poder público e à coletividade o dever de defesa e preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021). 

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