GOVERNO POPULAR SEM POVO (!?)

 

O senhor Lula, por ocasião da campanha eleitoral presidencial, vez e sempre dizia que seu governo seria para o povo. Um governo popular era sua promessa. No entanto, após tomar posse, eis que o povo está longe, bem distante, por vários motivos, óbvios, de erros de rumo do presidente e por ele nunca estar à frente do governo, em razão de sua extensa agenda de turismo internacional.

O presidente Lula (PT) conseguiu a fantástica proeza de realizar 17 viagens internacionais nos primeiros oito meses de governo. Impossível? Não acredita? Pesquise na mídia e se estarreça com os números.

Segundo o jornal O TEMPO (o principal e o mais vendido jornal de Minas), somente no primeiro semestre deste ano, as viagens internacionais de Lula, geralmente acompanhado da primeira-dama Janja e de ministros, custaram pelo menos R$ 24,8 milhões ao Ministério das Relações Exteriores. O valor não inclui o transporte aéreo, feito pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Veja abaixo a lista de viagens internacionais de Lula nos primeiros oito meses de seu terceiro governo:

1.  Argentina - 23 e 24 de janeiro de 2023;

2.  Uruguai - 25 de janeiro de 2023;

3.  Estados Unidos - 9 a 11 de fevereiro de 2023;

4.  China: 11 a 14 de abril de 2023;

5.  Emirados Árabes Unidos: 15 e 16 de abril de 2023;

6.  Portugal: 21 a 25 de abril de 2023;

7.  Espanha: 25 a 26 de abril de 2023;

8.  Reino Unido: 5 a 6 de maio de 2023;

9.  Japão: 18 a 21 de maio de 2023;

10.              Vaticano: 21 de junho de 2023;

11.              Itália: 21 a 22 de junho de 2023;

12.              França: 22 a 24 de junho de 2023;

13.              Argentina: 03 a 04 de julho de 2023;

14.              Colômbia: 08 de julho de 2023;

15.              Cabo Verde: 19 de julho de 2023.

16.              Paraguai: 14 de agosto de 2023.

17.              África do Sul: 20 de agosto de 2023.

 

De janeiro a agosto de 2023 (oito meses de governo), Lula ficou mais tempo fora do país do que viajando por cidades brasileiras, algo que ele também prometeu fazer. Ou seja, o Brasil não tem um presidente, mas um turista inveterado, que não mede gastos nem despesas e torra o dinheiro do contribuinte com passeios ao exterior, sem nenhum retorno positivo para o país.

O governo “popular” de Lula é um governo sem povo. Quanto mais ele se manifesta em público, mais compromete sua ínfima credibilidade e diminui ainda mais sua pouca proximidade com o povo. Lula é um falastrão, que não mede palavras nem gestos, na maioria desproporcionais e desarrazoados. Lula não é pobre, não gosta de pobre e foi-se o tempo em que podia se misturar ao povo. Atualmente, Lula é vaiado onde vai. Apenas os militantes do PT, pagos pelo partido, aplaudem e comparecem em pequeno número para prestigiar sua performance capenga, danosa e desequilibrada.

Lula é um governante “popular” sem povo. Como não encontra quem o prestigie no Brasil, ele se mete a viajar pelo mundo, dizendo absurdos, mentindo e tergiversando sobre tudo e todos que não concordam com suas ideias retrógradas e impopulares. Lula é uma decepção tão grande, que até seus eleitores, aqueles que fizeram o “L”, estão arrependidos e desesperados.

Os prefeitos e governadores do Nordeste que o digam, posto que a situação financeira é caótica - atraso na folha de pagamento; falta de recursos para saúde, educação e segurança; insuficiência de verba para manutenção de políticas públicas; entre outras dificuldades econômicas.

Prefeituras de ao menos 16 Estados paralisaram suas atividades administrativas em agosto em protesto pelas quedas nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Convocado pela Confederação Nacional dos Municípios, o movimento “Sem FPM não dá” ainda reivindica a recomposição no ICMS e critica a redução do envio de emendas parlamentares. A reclamação geral é que “A cada dia, Brasília cria novas atribuições sem a fonte para o custeio. Não há mais condições de governabilidade”.

Não bastassem os reclamos generalizados dos municípios, os Estados também estão inconformados, especialmente os do Sul e Sudeste, que se sentem discriminados e abandonados pelo governo federal, apesar de serem os maiores contribuintes da Federação. As alegações são de que o tratamento dado pelo governo Lula aos Estados é desigual, e isso impacta os que mais produzem e geram riquezas para o país. “Há mais políticos representando o Nordeste, em comparação às regiões Sul e Sudeste, fazendo o percentual de população. O Nordeste produz menos e recebe muito mais em relação aos impostos arrecadados, e os estados do Nordeste recebem 50% das políticas sociais deste País. Onde está o erro?”, questionam os governadores do Sul e Sudeste.  

Mas os dissabores e desencontros não param por aí. O governo Lula consegue tumultuar e assombrar os mais diversos segmentos e setores e polemizar quaisquer assuntos. A antipatia da sociedade organizada se mostra franca e volumosa pelas redes sociais. O distanciamento do povo com o governo é sentido nos quatro cantos do país. O Estado e a cidadania nunca estiveram tão distantes como agora.

O desfile de hoje, 7 de setembro, uma data sempre comemorada e prestigiada pelo povo, esteve esvaziado, sem povo, e apenas com presenças de alguns poucos apadrinhados do governo Lula. Em Brasília foi assim – frieza, distância, indiferença e desconfiança. O povo está ressentido e machucado pelos golpes da vergonha alheia. Os patriotas da direita ficaram em casa. O vexame governamental nesse Dia da Independência foi tão grande, que nem mesmo os lulistas do “amor” mostraram as caras. A esquerda brasileira, sempre irresignada, deve estar imensamente envergonhada do papelão que está fazendo seu presidente diante do país e do mundo.

Se em Brasília a festa foi apagada e sem prestígio popular, no restante do país não foi diferente. A sociedade deixou claro que está insatisfeita com o terceiro mandato de Lula. O povo não é mais bobo e se informa rapidamente pela internet e sabe separar o joio do trigo e percebe que este governo é ruim e tende a ficar ainda pior.  

As pequenas, médias e grandes cidades ignoraram este 7 de setembro, não apenas pela covardia das Forças Armadas nos últimos tempos, mas pelos fatos e acontecimentos que estarrecem e deixam boquiabertos os cidadãos de bem, notadamente o caso da parcela inocente do 8 de janeiro, humilhada, subjugada e presa sem o devido processo legal. Ademais, o Brasil de 2023 é um país desrespeitado pelo governo Lula, em todos os sentidos, e o patriotismo do verdadeiro brasileiro não lhe permite ser falso e muito menos conivente com as múltiplas incúrias cometidas por autoridades inescrupulosas e negligentes dos Três Poderes. Daí o fracasso retumbante deste 7 de setembro - sem povo, sem voz e sem as cores verde e amarela.

Para além do título e do tema “governo popular sem povo”, os brasileiros se afastam do atual governo muito em razão das suas atitudes, que denotam riscos iminentes à liberdade, à democracia e ao Estado de direito.

De fato, como visto, o governo “popular” de Lula é um governo sem povo. Que fracasso! Que decepção!

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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