BRASIL E VENEZUELA: QUALQUER SEMELHANÇA NÃO É MERA COINCIDÊNCIA.

 

A perseguição que o ditador da Venezuela Nicolás Maduro faz contra seus adversários políticos e contra os eleitores da oposição não é diferente da perseguição que o governo do PT faz contra quem se coloca no seu caminho de radicalismos ou discorda das suas sofríveis ideias ou das suas absurdas narrativas.

A leniência do Judiciário de lá não é diferente da leniência do Judiciário daqui. Em ambos os órgãos a ordem do dia é obediência ao “chefe”. Em ambos os órgãos prevalece a tolerância excessiva com a militância comunista do governo e mão de ferro contra os patriotas. Em ambos os órgãos impera a insegurança jurídica. Em ambos os órgãos trocaram-se as leis e a Constituição pela cartilha de autoria socialista. Mas o Judiciário brasileiro ainda pode se retratar e voltar a agir com retidão. Já o Judiciário venezuelano só mudará quando o ditador for afastado e banido.

A reputação da imprensa venezuelana é tão negativa e tão sem credibilidade quanto a da imprensa brasileira. A mídia de lá e a de cá escondem as verdades da censura, das perseguições, dos temas polêmicos de aborto e drogas, dos presos políticos, da violação do devido processo legal, do aparelhamento do Judiciário, das vaias a um líder medonho e impopular e da sua gastança desenfreada. E nem pensar em criticar o duvidoso sistema eleitoral, lá ou cá.  

As Forças Armadas venezuelanas e brasileiras estão cooptadas e batem continência para um ditador e para um descondenado, respectivamente. Há algum tempo já não mais cuidam de defender a honra, a integridade e a soberania da pátria. Preferem restar submissas e inertes. Há algum tempo já não mais se preocupam com a garantia das leis ou com a segurança no país. Preferem fazer vista grossa e marchar de cabeça baixa. Há algum tempo já não mais exemplificam respeito e ordem nas fileiras, prevalecendo a arrogância dos generais, a terra do fingimento, o desprestígio institucional, o desgaste dos militares e a humilhação nacional diante de um comando não privativo de um oficial-general, exercido por um civil da política muitas vezes desafeta das Forças Armadas.

A Venezuela e o Brasil são dois países comandados por pessoas absolutamente detestadas pela população. Os “líderes” atuais dessas duas nações não saem às ruas sem receber de volta os olhares de indignação e de repúdio do povo, além das vaias sonoras. Lá e cá a avaliação geral é de futuro incerto, economia em declínio, segurança em frangalhos, violência disseminada, ódio e divisão por todo lado, saúde e educação precárias, postura ideológica extremada, fuga de investimentos e previsão de caos total em breve.

A proximidade da Venezuela com o Brasil é danosa para os brasileiros. A ditadura perpetrada por Nicolás Maduro é uma vergonha aos olhos do mundo. O sofrimento do povo venezuelano é uma realidade triste que não pode ser varrida para debaixo do tapete. A pobreza vivida pelos venezuelanos é uma covardia da parte de um ditador mesquinho e sanguinário. A violência política há mais de 20 anos sufoca o povo venezuelano, seja pelas mãos do ditador ou pela omissão dos meios de comunicação dominados pelo governo, que só divulgam o que recebem ordens para divulgar, inclusive todo tipo de absurdos e fake news.

A estreita amizade entre o ditador da Venezuela e Lula é um desastre para a imagem do Brasil. A declaração de Nicolás Maduro de que o país pode enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso não seja reeleito para um terceiro mandato de seis anos, estarreceu o mundo. A fala do ditador, no entanto, pareceu “normal” para Lula, que não questionou o resultado das eleições, embora as notícias oficiais sejam de que o opositor Edmundo González ganhou no voto e na simpatia do povo venezuelano.

Brasil e Venezuela: qualquer semelhança não é mera coincidência.

A exemplo de Lula e do PT, o ditador Maduro cobrou no domingo (04/08), a regulamentação das redes sociais por supostamente infectarem a Venezuela de “ódio”, fazendo-se mais uma vez de vítima. O ditador perdeu as eleições e quer calar de vez a sua população e vetar as redes sociais, mantendo ativa apenas sua imprensa chapa-branca. Da mesma forma é Lula, que quer “regulação urgente” das redes sociais para supostamente resguardar “democracia”. Daí a opinião popular retumbante de que os dois (Lula e Maduro) são farinha do mesmo saco.  

Assim, permanece complexa e desumana a situação hoje na Venezuela, uma vez que a população está nas ruas gritando que Maduro perdeu e deve ir embora, definitivamente. Mas o ditador continua lá, empurrando seus soldados e seus coletivos bem armados contra um povo pobre, faminto e desarmado. E enquanto isso, esta semana, Lula é vaiado na sua visita ao Chile, e certamente foi pelo motivo de ele estar apoiando as loucuras, as sandices, os desvarios e os atos ditatoriais de Maduro.

Não está “tudo normal”. Ao contrário, está tudo fora da normalidade, lá e cá.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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Comentários

  1. Dr. Wilson os dois são mesmo farinha do mesmo saco e coitado do povo desses dois países nas mãos de socialistas-comunistas. Parabéns Dr. Wilson pelo artigo. Lucas Figueiredo.

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  2. O Lula e o Maduro são amigos de décadas e devem ter segredos terríveis um do outro e por isso que um não entrega os podres do outro. Os dois compraram o judiciário, as forças armadas, o congresso e a imprensa. Compraram e pagaram bem com direito a pensão mensal gorda. Está aí a explicação para tudo. Meu caro Doutor Wilson Campos os seus textos são nota 1.000. Vamos salvar nosso Brasil do comunismo e torcer para os venezuelanos também. Clarice Dornas.

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  3. João Carlos e Cecília Amorim7 de agosto de 2024 às 12:07

    Essa relação do Brasil e Venezuela dá arrepios e embrulha o estômago. Um país que se diz democrático se unir com um país governado por um ditador cruel é inacreditável. SÓ Jesus na causa doutor Wilson. Gratidão doutor Wilson. Abrs. de João Carlos e Cecília Amorim.

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