HINO NACIONAL BRASILEIRO.
Uma
polêmica desnecessária surge de repente no panorama social brasileiro, meio que
alavancada por algumas pessoas que não têm o que fazer e imaginam “cabelo em
ovo”. Aliás, está se tornando irritante a rebeldia dos perdedores, que não
souberam ganhar as eleições e querem tirar o direito de governo dos que
ganharam. Ora, que espécie de democracia é essa, que todos reclamam, mas não
contribuem para fortalecê-la?
A
referida polêmica é sobre poder ou não cantar o Hino Nacional Brasileiro nas
escolas. O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, recomenda que o hino
seja cantado pelas crianças nas escolas. Alguns apressadinhos já caíram de pau
contra a ideia. Muitos não têm nem sequer filhos e são contrários. Outros, com
filhos e desejosos de uma melhor formação escolar para as crianças, concordam
com o exercício de cantar o hino, mas não querem que seus filhos sejam filmados
e pedem maior qualidade no ensino, melhor remuneração dos professores e mais
investimentos na educação. Muito justo, uma vez que a responsabilidade civil e a
preservação do futuro das crianças pertencem aos pais, nos termos da lei.
Estou
de acordo com os pais que concordam que seus filhos aprendam a letra do hino
nacional e cantem a música com orgulho e cidadania. Não concordo com aqueles
que não sabem cantar e ainda proíbem seus filhos de aprender. Ou seja, o que
temos atualmente no Brasil é uma tentativa sistemática de divisão da sociedade,
que teima em separar os brasileiros em dois grupos. Nada mais representativo da
alienação, da imbecilidade e do atraso, isso que alguns idiotas tentam fazer,
sustentando uma ideologia sem razão e colocando em risco a esperança de outros
que buscam um país melhor para todos.
Em
muitos eventos, a maioria das pessoas fica calada quando toca o hino nacional.
Não sabem cantar o hino da sua pátria. Em alguns casos, como por exemplo, em
jogos de futebol, quase ninguém sabe cantar o hino do início ao fim. Uns poucos
se arriscam e fazem mímicas, enquanto outros ficam alheios ao momento cívico. E
pior, as torcidas sabem cantar o hino do clube, mas não se manifestam quando
começa o Hino Nacional Brasileiro. Ao contrário, muitos dos presentes, mal
educados, não se comportam adequadamente e ficam gritando e assoviando, em
total e absoluto desrespeito ao hino do país.
Em
nada diminui a pessoa, o cidadão, a criança, o homem, a mulher, escutar com
respeito ou cantar o hino nacional. A cidadania passa pela valorização dos
símbolos nacionais, independentemente da ideologia política de cada um. Essa
falácia de que estão querendo impor costumes à sociedade brasileira, não
prevalece e não tem sentido, pois o povo não se submete mais ao que não quer,
como visto nas últimas eleições.
A
ressalva que faço é quanto a filmar as crianças cantando o hino nacional, sem a autorização dos pais para as imagens. Isso não
é aceitável, tem óbice de legislação específica e não corresponde ao espírito cívico desejável
para a infância e a juventude e para toda a sociedade, que se pretendem respeitadas no Brasil.
Portanto, cabe ao ministro da Educação rever o seu ponto de vista neste quesito
e acompanhar a lei, a independência, a liberdade e o imprescindível fortalecimento da
democracia constitucional brasileira. Assim sendo, filmar as crianças depende da autorização dos pais ou responsáveis, mas cantar o hino nacional, as crianças podem e devem.
Superada
a polêmica, a bem do interesse de todos, vale destacar que o Hino Nacional
Brasileiro é um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil,
conforme estabelece o art. 13, § 1º, da Constituição Federal. Os outros
símbolos da República são a bandeira nacional, as armas nacionais e o selo
nacional. Vale também evidenciar que a letra do hino nacional é de Joaquim
Osório Duque Estrada (1870-1927) e a música é de Francisco Manuel da Silva (1795-1865).
Em
homenagem aos autores e ao povo brasileiro, vejamos a beleza do Hino Nacional
Brasileiro:
Ouviram do
Ipiranga as margens plácidas
De
um povo heroico o brado retumbante,
E
o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou
no céu da Pátria nesse instante.
Se
o penhor dessa igualdade
Conseguimos
conquistar com braço forte,
Em
teu seio, ó Liberdade,
Desafia
o nosso peito a própria morte!
Ó
Pátria amada,
Idolatrada,
Salve!
Salve!
Brasil,
um sonho intenso, um raio vívido,
De
amor e de esperança à terra desce,
Se
em teu formoso céu, risonho e límpido,
A
imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante
pela própria natureza,
És
belo, és forte, impávido colosso,
E
o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra
adorada
Entre
outras mil
És
tu, Brasil,
Ó
Pátria amada!
Dos
filhos deste solo
És
mãe gentil,
Pátria
amada,
Brasil
Deitado
eternamente em berço esplêndido,
Ao
som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras,
ó Brasil, florão da América,
Iluminado
ao sol do Novo Mundo!
Do
que a terra mais garrida
Teus
risonhos, lindos campos têm mais flores,
"Nossos
bosques têm mais vida",
"Nossa
vida" no teu seio "mais amores".
Ó
Pátria amada,
Idolatrada,
Salve!
Salve!
Brasil,
de amor eterno seja símbolo
O
lábaro que ostentas estrelado,
E
diga o verde-louro dessa flâmula
-
Paz no futuro e glória no passado.
Mas
se ergues da justiça a clava forte,
Verás
que um filho teu não foge à luta,
Nem
teme, quem te adora, a própria morte.
Terra
adorada
Entre
outras mil
És
tu, Brasil,
Ó
Pátria amada!
Dos
filhos deste solo
És
mãe gentil,
Pátria
amada,
Brasil!
Assim, com ou sem o
pedido do ministro da Educação, o povo brasileiro precisa saber cantar o seu
hino nacional e ter orgulho de cantá-lo, e respeitá-lo, principalmente.
Wilson Campos
(Advogado/Especialista em Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental).
Cantar o hino nacional deve ser uma honra para todos brasileiros. Todos. Os que não quiserem cantar, que mudem de país. Concordo 100% com o Dr. Wilson Campos, como sempre correto e altaneiro nos seus atos de cidadania. Parabéns caro advogado. (a) Júlio E.M. Filho (BH).
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