TEMPOS DIFÍCEIS NA REPÚBLICA.
A
eleição do presidente Jair Bolsonaro não colocou, até o momento, um ponto final
na crise econômica, mesmo porque muito precisa ser feito quanto a cortes de
despesas, controle de gastos e busca por investimentos internos e externos. Mas
o pessimismo está desaparecendo, na medida em que Bolsonaro completa 60 dias de
governo e, em razão disso, quando atingir 100 dias de gestão, a atual equipe da
administração federal provavelmente estará mais preparada para enfrentar os
verdadeiros problemas do país e as soluções estarão mais visíveis. Com um ou dois anos de governo, Bolsonaro já deverá ter dito a que veio.
O
governo federal, entretanto, apesar de todos os seus esforços, precisa se
preparar para os fortes ventos que soprarão de Brasília. A temperatura está elevada,
o sentimento é de insegurança e muitos ainda estão à procura de um norte ou de
um porto seguro. As direções a serem tomadas estão cruzadas e confusas nas
mentes dos políticos. Lamentavelmente, não se sabe qual a direção a seguir. Enquanto
a reforma da Previdência não passar pelo Congresso, o ambiente nacional será
tomado por dúvidas. O governo tenta articular. A Câmara e o Senado, cheias de
novatos, ainda não mostraram serviço e batem cabeça até na hora da composição
de Comissões. O setor empresarial está de olho nos passos da economia, que caminha
lentamente e agrava as expectativas produtivas. O presidente, ainda
convalescendo da facada que recebeu de um maluco esquerdista, não controla
totalmente os braços da governança nacional. A orquestra política, sempre
barulhenta, está à procura de um maestro que auxilie o presidente Bolsonaro. O
carnaval está aí. Resta aguardar até a quarta-feira de cinzas, quando o Brasil
recomeçará a luta por dias melhores, aos olhos da sociedade organizada, que não
perde as esperanças.
O
presidente Jair Bolsonaro, segundo noticiado pela imprensa, tem aprovação de
57,5% dos brasileiros. Mas 45,6% discordam do projeto de reforma da
Previdência. No resultado da pesquisa CNT, a primeira de avaliação divulgada
após o presidente assumir o cargo, Bolsonaro é rejeitado por 28,2%. Outros
14,3% responderam que não sabem ou não quiseram responder. A avaliação negativa
do governo é de 19%. Desses, 7,2% avaliaram o governo como "ruim" e
11,8% avaliaram como "péssimo". Aqueles que avaliaram o governo como
regular são 29%. Os que não sabem ou não souberam responder são 13,1%.
Os
tempos difíceis na República envolvem essa avaliação, embora entendida como bem
melhor que a de presidentes anteriores. Mas precisa melhorar, porquanto
Bolsonaro tenha sido eleito para mudar o que está aí, e não continuar malhando
em ferro frio. A população brasileira quer resultados positivos – emprego, saúde,
educação, segurança, inflação zero, economia ativa, desenvolvimento e
crescimento.
Enquanto
as boas notícias para todos não inundam os editoriais, as páginas de jornal, os
telejornais, a mídia e as redes sociais, o atual governo precisa arregaçar as
mangas e enfrentar as questões emergenciais, mostrando ao povo que o serviço
está sendo feito e os resultados estão sendo buscados. A real politik está
batendo na porta do presidente Bolsonaro, que pensava governar longe da velha
prática do "toma lá, dá cá". Os partidos que começam a formar a base
governista mostram os dentes e reclamam contrapartidas. Querem indicar seus
quadros para cargos na estrutura do Estado. Em troca, os membros desses seletos
partidos prometem ao presidente uma atuação mais amistosa em relação à reforma
da Previdência e ao pacotão de medidas anticrime do ministro da Justiça, Sérgio
Moro.
Os
tempos difíceis na República, neste momento, passam também pelo coringa do jogo
político atual, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, com experiência e
capacidade de articulação e mobilização, reeleito titular da casa parlamentar
com 334 votos. Maia pode ser a chave que vai abrir a porta do entendimento. No
entanto, ele faz algumas recomendações a Bolsonaro: incluir os militares no bojo da reforma; enxugar
a proposta, concentrando-se na idade mínima e nas regras de transição; evitar inserir
mudanças polêmicas como capitalização, BPC - Benefício de Prestação Continuada e
aposentadoria rural, entre outras medidas de considerável relevância. Em suma, o presidente da Câmara sinaliza apoio e otimismo em relação ao andamento da
proposta de reforma da Previdência. Mas, Rodrigo Maia precisa ser vigiado e acompanhado de perto por Bolsonaro e seus ministros da frente de governo.
Acabar
com os privilégios de servidores públicos abastados e de membros especiais dos
Três Poderes, que, a rigor, são egoístas e pensam somente em si mesmos, é mais
uma parte dos tempos difíceis na República, que precisa ser superada e vencida.
Tratamento igual. Paridade de direitos. Ora, minha gente, o sacrifício não
pode, jamais, ser apenas do trabalhador ou do cidadão comum.
Para
encerrar, o presidente Jair Bolsonaro bem que podia enviar caminhões de ajuda
humanitária (mantimentos e medicamentos) para escolas, postos de saúde e
hospitais no interior do Brasil, que precisam desses insumos, tanto quanto a
população da Venezuela.
O
Brasil precisa de pulso firme na condução da economia, das reformas e do que é
melhor para o povo brasileiro.
Wilson
Campos (Advogado/Especialista com atuação em Direito Tributário, Trabalhista,
Cível e Ambiental).
Os tempos difíceis dr. Wilson sempre existirão no Brasil, e como o senhor disse, o presidente precisará arregaçar as mangas e mostrar serviço porque senão os petistas vão dizer que nada mudou, blá,blá,blá... A hora é agora, mudar, mudar e mudar....para melhor. Gostei do texto e acho também que a reforma tem que pagar os grandes do poder público - senadores, deputados, governadores, ministros do STF, e os demais políticos que ganham muito e trabalham pouco. Obrigado. - Lucas Severiano.
ResponderExcluir... a reforma tem que PEGAR os grandes do poder público... PEGAR e fazer que eles sejam tratados como nós, simples mortais. A reforma da previdência tem de tratar todo mundo por igual, sem essa de privilégio ou tratamento especial, nada disso. Lucas Severiano M. (completei o meu pensamento de antes).
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