O ABRIL VERMELHO DO MST E AS LIÇÕES A APRENDER.
O intitulado
“Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST” espalha todo ano Brasil afora
que abril é o seu mês vermelho, ou seja, o mês das suas mais fortes manifestações
e invasões de terras no país.
A realidade
mostra que se trata de uma jornada nacional conhecida como “Abril Vermelho do MST”,
que promove invasões de terras e conta sempre com o apoio da
esquerda e o consentimento do PT de Lula.
A imprensa dá notícias de que até o
momento foram registradas invasões em Pernambuco, Sergipe, Bahia, Ceará, Rio
Grande do Norte, Pará, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito
Federal. Os relatos são de que, entre as áreas invadidas pelo MST, estão terras
que são utilizadas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e
pela Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), ligadas ao governo
federal.
Nos governos de esquerda, principalmente, o MST dita as regras e sai atropelando até mesmo os programas de reforma agrária. Veja-se que o recrudescimento das invasões do MST ocorreu na segunda-feira, 15/04, dia em que o presidente Lula (PT) e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar lançaram o chamado programa “Terra para Gente”, criado para acelerar o assentamento de famílias.
O programa,
segundo dizem, é uma promessa feita no ano passado por Lula, que quer uma
“prateleira de terras” improdutivas e devolutas para destinar à reforma agrária
e à demarcação para quilombolas. A proposta governamental também foi uma
tentativa do Planalto de frear o “Abril Vermelho do MST” deste ano, que não se
concretizou.
O governo
Lula 3, quando questionado sobre as invasões do MST, responde apenas que o
Brasil passa por um momento de “grandes mobilizações”. Mas as alegações do
governo petista não convencem a sociedade brasileira, que sabe muito bem da
intenção torta e equivocada de reforma agrária pensada pelos líderes do
movimento, que, por sua vez, contam com a complacência da trupe esquerdista.
A crítica mais
rápida ao “Abril Vermelho do MST” em 2024 veio da parte do presidente da Frente
Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), que
se posicionou absolutamente contrário à posição do governo federal diante das
invasões. “Cada um controla os seus
aliados. Com essas invasões do MST, que tem cargos e está nos ministérios e no
Planalto, é assim que o governo federal diz querer paz no campo?”, questionou
Lupion, em publicação no X (antigo Twitter).
Em Campinas,
200 famílias invadiram uma área de 200 hectares que, segundo os “sem-terra”,
está “improdutiva e não cumpre a sua função social”. Em resposta, o governador
de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que as invasões de
terra não serão permitidas no Estado e prometeu respostas rápidas ao movimento.
Por mais que
tentemos entender qualquer alegação do MST, o mais certo é constatar que se
trata de abusiva invasão de terra, de retirada do direito de propriedade, de obstrução
de estradas, de destruição de patrimônio privado ou público, e de ameaças às
pessoas e ao país, como se ninguém tivesse que trabalhar, empregar, remunerar,
pagar impostos e manter a ordem institucional legal na nação.
Vozes reacionárias da esquerda se aproveitam da fraqueza de um governo leniente e pregam saídas fora da legalidade constitucional, reverberando falácias comuns de que existem movimentos salvadores da pátria que estão acima de tudo, de todos e da lei. Não pensam na coletividade trabalhadora, nas famílias e muito menos no cidadão comum. Erguem bandeiras sem ao menos saber o fundamento, a razão, o objeto da causa. A maioria esmagadora das pessoas desses movimentos serve unicamente de massa de manobra das lideranças.
A realidade brasileira
vai ficando cada vez mais sombria e complexa, diante de tantas notícias ruins,
negativas, e agora diante da disseminação do “Abril Vermelho do MST”, que
inclui na pauta - invasão de fazendas, bloqueio de rodovias, passeatas urbanas
com paralisação de trânsito e fechamento de vias, perturbação de dias normais
de trabalho na cidade e no campo, e prejuízos para o agronegócio e para
produtores rurais pequenos, médios e grandes, que fazem parte da cadeia empresarial
alimentar mundial, posto que produzem alimentos de qualidade para o Brasil e o
mundo.
Por falar no agronegócio brasileiro, cabe destacar que as exportações brasileiras do agro somaram US$ 37,44 bilhões no primeiro trimestre, recorde para o período, com alta de 4,4% em relação ao mesmo período de 2023. Entenda o leitor que o valor citado é em dólares. O aumento em valor reflete a expansão na quantidade embarcada, uma vez que o índice de quantum aumentou 14,6%, compensando a queda no índice de preços, que foi de 8,8%, de acordo com dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura. Essa é a lição nº 1 para o MST.
Nos três primeiros meses, as vendas
externas de açúcar, algodão e café verde foram os principais responsáveis pelo
incremento das exportações brasileiras. O bom resultado nas vendas desses
produtos compensou a queda nas exportações de milho, soja em grãos e óleo de
soja, segundo informa o ministério. Essa é a lição nº 2 para o MST.
Ainda quanto ao agronegócio
brasileiro, o setor absorve praticamente 1 de cada 3 trabalhadores brasileiros.
Até o terceiro trimestre de 2023, 26,8% (28,46 milhões) do total de 106,16
milhões de trabalhadores brasileiros eram do agronegócio. Desses 28,46 milhões,
8,39 milhões (29,5%) desenvolviam atividades de agropecuárias primárias, 9,97
milhões (35%) nos agrosserviços, 4,49 milhões (15,8%) na agroindústria e 5,30
milhões no autoconsumo (18,6%), e por fim, 307 mil trabalhadores no setor de
insumos (1,1%). Essa é a lição nº 3 para o MST.
Em relação ao comércio internacional,
49% das exportações brasileiras, em 2023, foram de produtos do agronegócio.
Também há forte contribuição do agronegócio para o desempenho da economia
brasileira. Isso fica evidente quando se nota que desde 2010 o superávit
comercial do agronegócio brasileiro tem mais que superado o déficit comercial
dos demais setores da economia brasileira, e garantido sucessivos superávits à
Balança Comercial Brasileira. Essa é a lição nº 4 para o MST.
O MST precisa aprender com o agronegócio e não interferir e nem atrapalhar a vida de quem trabalha e produz. Plantar, semear, cuidar, trabalhar, colher, transportar e vender são tarefas que requerem investimentos, suor, competência e força de vontade. Não é para qualquer um. O trabalho no campo é para os fortes. Essa é a lição nº 5 para o MST.
Em que pesem
os direitos de manifestação e de livre expressão dos componentes do MST, isso
não significa imputar sacrifícios à grande maioria da população. Se alguns não
enxergam ou não querem enfrentar os fatos, a sociedade civil não tem que
caminhar no mesmo sentido, mesmo porque as escolhas são democráticas e assim
devem permanecer, enquanto perdurar o Estado democrático de direito. Essa é a
lição nº 6 para o MST.
Não se pode
confundir atos de liberdade constitucional com atos de libertinagem
infracional. A busca de interesses deve ater-se à legalidade, para que não
comprometa sua efetividade e, principalmente, sua legitimidade, visto que os
excessos, de qualquer das partes, devem ser reprimidos pelo Estado. Essa é a
lição nº 7 para o MST.
A crescente
violência, que decorre da subserviência do governo esquerdista e de ações
financiadas por partidos políticos inescrupulosos, cega e aliena certos indivíduos,
que deixam de agir na tutela dos direitos civis e da proteção da vida humana, e
passam a violar regras civilizatórias, tangenciando o princípio da intervenção
mínima sobre os conflitos da cidade e da terra. Em quaisquer casos ou
situações, torna-se indispensável a manutenção da ordem jurídica, custe o que
custar. Essa é a lição nº 8 para o MST.
A rigor, não se está aqui a defender uma criminalização dos movimentos de luta pela terra ou das manifestações urbanas pró-esquerda, mas argumentando no sentido de que essas lutas e esse controverso “Abril Vermelho do MST” não podem resultar em transgressão da lei e muito menos afrontar a segurança nacional, colocando em risco iminente a ordem pública e a paz social. Essa é a lição nº 9 para o MST.
Aos inimigos
da iniciativa privada, do empreendedorismo particular diverso ou do agronegócio,
cumpre avisar que o Brasil é líder na produção e exportação
de commodities:
soja (2º maior produtor); minério de ferro (2º); petróleo (maior produtor da
América Latina e 10º lugar no mundo); açúcar (1º); café (1º); carne (2º);
laranja (1º); milho (2º); etc; e também, não menos importante, na produção
industrial: têxtil/calçadista, de energia elétrica, química, metalúrgica,
mecânica, automobilística, entre outras. Essa é a lição nº 10 pata o MST.
O Brasil,
como visto, é um país rico sob vários aspectos, mas o que impede o desenvolvimento
e o crescimento para se chegar ao status de um dos maiores do mundo é a
política desastrosa e perversa, que concentra poder em demasia e abandona as
questões sociais e econômicas à sua própria sorte, fazendo surgir a miséria, a
fome, a desesperança e a fuga de capitais e de investimentos internos e
externos. A solução é corrigir a política brasileira e afastar os maus
políticos. Depois disso, o país caminha sozinho.
Enfim, a meu
sentir, os brasileiros precisam com urgência de paz e proatividade, de saúde e
educação, de seguranças pública e jurídica, e de liberdade e garantias, nos
termos da Constituição. Liberdade de manifestação, sim. Liberdade de reunião,
sim. Liberdade para pedir reforma agrária justa, sim. Porém, de forma
civilizada e com absoluto respeito à propriedade privada e ao Estado democrático
de direito. Depois disso, o Brasil sairá do abismo e será um dos melhores países
do mundo. Basta ao povo de bem querer e fazer acontecer.
Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).
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O MST obriga os pobres coitados dos pobres a carregar sua bandeira comunista e quando pega a terra explora esse povo e os obriga a pagar ágio como faz o pessoal do sem teto do Boulos. Todos não valem nada e exploram a miséria do povo simples que é tratado feito gado e massa de manobra.. A reforma agrária justa como diz o Dr. Wilson Campos eu também concordo mas do jeito aí do abril vermelho do MST é não e é não mesmo. Se vier invadir na cara dura vai ter briga. Na mão grande nunca vão levar, não aqui em MG. Gostei muito do texto todo Dr. Wilson e achei super atual e justo e com todas as lição para o MST ler e aprender como faz. Agradeço da nossa parte doutor. Cordialmente - Celso Lavoretto (gente do agro).
ResponderExcluirEu sou de família do agro e sempre procuro textos sobre o agro brasileiro e esse do adv dr. Wilson eu li e achei super equilibrado e com exemplos e lições para a turma radical do MST aprender como deve ser. Os números do agro são cada dia melhores e o mundo inteiro sabe disso e só o PT e os comunistas e o MST não sabem disso. Esse povinho só gosta de mamar nas tetas do governo e ficar na sombra enquanto uns miseráveis ficam em barracas de lona obedecendo ordens deles da liderança política petista. Bando de exploradores de mão de obra humana e tudo porque são financiados por Ongs e governo de esquerda comuna. Texto do dr. Wilson Campos vou compartilhar porque é super correto e justo. Att: Alice M.F. Gáldio.
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